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Por que o Nubank (NUBR33) ainda dá prejuízo? Entenda

23 fev 2022, 16:15 - atualizado em 23 fev 2022, 16:39
Nubank
O Nubank “decidiu dar prejuízo”, diz analista da Benndorf (Imagem: Nubank/Facebook)

Após mais um trimestre no prejuízo, o Nubank (NUBR33) reafirma que “nunca terá a rentabilidade de um bancão”, avalia o analista da Benndorf, Tony Rios.

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A fintech divulgou seu primeiro balanço pós-IPO (oferta pública inicial de ações) na noite de terça-feira (22). Os resultados, referentes ao quarto trimestre de 2021, mostram um prejuízo de US$ 66,2 milhões. No mesmo período de 2020, o banco havia reportado um montante negativo de US$ 107,1 milhões.

No acumulado do ano, o Nubank teve prejuízo de US$ 165,3 milhões, uma melhora de 3,6% sobre 2020, e lucro líquido ajustado de US$ 6,6 milhões (versus prejuízo ajustado de US$ 26,8 milhões em 2020).

O banco digital fez seu IPO na bolsa de Nova Iorque em dezembro de 2021. Com cada ação valendo US$ 9, a oferta inicial foi uma das maiores entre as empresas brasileiras.

Na época, a fintech se tornou o mais valioso da América Latina, na frente de Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), com uma avaliação de mercado de cerca de R$ 229 bilhões.

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Ainda assim, apesar de tomar a frente dos maiores players do mercado por um certo período e reduzir seu prejuízo em US$ 40,9 milhões no último trimestre do ano passado, a companhia ainda não conseguiu reportar lucro.

Mas, afinal, por que o Nubank dá prejuízo?

Por que o Nubank dá prejuízo?

Segundo o analista da Benndorf, o Nubank “decidiu dar prejuízo”. Rios explica que o banco digital está em fase de ramp up, e, ao invés de focar nos lucros, a fintech busca crescimento, novos investimentos e expansão para novos países neste momento.

“O Nubank ainda não vai converter sua base de clientes em lucro. Se quisesse focar nos espaços em que está instalado, o banco já estaria dando lucros até maiores do que o Inter”, reitera Rios.

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O analista afirma que, ao menos pelos próximos 5 anos, a fintech não entregará rentabilidade igual ou superior aos dos “bancões”, isso porque seu perfil de cliente é diferente dos bancos tradicionais.

“As pessoas foram para o Nubank justamente para não pagar taxa. Por isso, a principal fonte do banco não se concentra em taxas de manutenção e cartões, por exemplo”, diz.

O especialista da Valor Investimentos, Virgílio Lage, ainda lembra que o Nubank tem um público de varejo bem mais baixo do que bancos tradicionais.

Outro fator que também pesa é a remuneração de ações. Rios explica que, passado o IPO, pode-se aguardar uma normalização nesse efeito até fim do ano ou o início de 2023.

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Quando a fintech deixará de dar prejuízo?

O analista da Benndorf projeta que o Nubank deve entregar lucros no segundo semestre de 2022. Entretanto, ele ressalta que tudo depende dos planos de expansão da base de clientes e investimentos da companhia.

“Se o Nubank achar que tem que fazer mais investimentos, neste momento, eles vão preferir isso ao lucro”, reitera Rios.

Lage, da Valor Investimentos, destaca que só agora o banco está tomando “atitudes mais agressivas” para, efetivamente, gerar receita.

Apesar do prejuízo nos últimos balanços, Rios diz que o banco não deixou de entregar resultado, com uma forte margem bruta de clientes, além de ter segurado as despesas mesmo que sem lucro.

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Ao fim de dezembro do ano passado, o número de clientes teve um aumento significativo, totalizando 53,9 milhões.

O analista ainda afirma que o banco digital entrega uma ótima jornada ao cliente e satisfação inigualável, com um NPS (Net Promoter Score) “altíssimo”.

É hora de comprar a ação?

Na análise da Benndorf, um ponto de entrada interessante nas ações do Nubank é pelo preço de US$ 5 a US$ 5,50.

Para investidores mais agressivos, Lage recomenda a compra, visando uma reação positiva na monetização. Já para os mais conservadores, ele orienta esperar lucro, para, então, investir.

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Apesar disso, Tony Rios afirma que, hoje, outros bancos, como Bradesco e Santander (SANB11), são mais atrativos, além de entregar mais lucro e proventos aos acionistas.

Disclaimer

O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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