Ibovespa Por que Pão de Açúcar (PCAR3) dispara 8% apesar de prejuízo bilionário?
As ações do Pão de Açúcar (PCAR3) disparavam 7,78%, a R$ 3,60, por volta das 14h50 desta terça-feira (31). O movimento vem após a divulgação do balanço do terceiro trimestre (3T23), que apresentou melhorias operacionais, de acordo com analistas.
Ruben Couto e a equipe do Santander destacam a receita e o Ebitda do GPA no trimestre, que atenderam às estimativas. Além disso, os analistas notaram melhorias sequenciais de rentabilidade.
A tendência positiva de vendas também persistiu nas operações contínuas. As vendas em mesmas lojas (SSS) foram impulsionadas pelo forte desempenho das bandeiras Pão de Açúcar e Proximidade.
Entre os fatores que impulsionaram o crescimento das vendas, Couto e equipe destacam: a gestão eficaz do sortimento, com crescente penetração de perecíveis; e a expansão bem executada.
“O resultado final foi afetado por itens não recorrentes: reversão de provisão de perdas da CNova que teve impacto positivo de R$ 804 milhões, devido ao plano do Casino de adquirir a participação do GPA na CNova; e receita financeira extraordinária de R$ 133 milhões relativa a ajustes de créditos tributários”, dizem.
No entanto, apesar de uma perda líquida, a rentabilidade parece estar no caminho da recuperação e o ciclo de conversão de caixa melhorou, impulsionado por melhores condições dos fornecedores, dizem.
Pão de Açúcar no 3T23
O GPA registrou um prejuízo líquido de R$ 1,3 bilhão no 3T23, ante perda de R$ 296 milhões um ano antes. O desempenho foi afetado pela conclusão da segregação da unidade colombiana Éxito, embora receitas e margens da operação no Brasil tenham crescido no período, o que se refletiu no Ebitda.
De acordo com o varejista brasileiro, a última linha do balanço foi pressionada pela conclusão da segregação do Éxito em agosto, com efeitos não recorrentes e não caixa somando quase R$ 2,1 bilhões. A empresa citou, entre eles, a efetivação da entrega das ações aos acionistas do GPA e “um remensuração da parcela remanescente no montante líquido da baixa do investimento”.
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O lucro líquido das operações continuadas somou R$ 809 milhões. A receita bruta cresceu 9,9%, para R$ 5,1 bilhões, com alta de 1,3 ponto percentual na margem bruta, para 25,1%.
A receita líquida cresceu 9,7% no trimestre frente a igual etapa de 2022, para R$ 4,7 bilhões, enquanto as vendas mesmas lojas apresentaram um aumento de 6,6% no trimestre.
“Um ano e meio após o início do processo de ‘turnaround‘, registramos forte crescimento das vendas mesmas lojas, com destaque para o Pão de Açúcar e Proximidade, com ganhos contínuos de market share em todos os formatos e forte aceleração do e-commerce”, disse o presidente-executivo do GPA, Marcelo Pimentel.
*Com informações da Reuters
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