Comprar ou vender?

Por que Safra recomenda compra em ação de commodity que evaporou 25% em dias

13 maio 2024, 13:41 - atualizado em 13 maio 2024, 13:41
Usiminas
Diante do pessimismo, a dupla até rebaixou o preço-alvo de R$ 12,50 para R$ 10,50, potencial de alta de 31% ante o último fechamento  (Imagem: Facebook/Usiminas)

A Usiminas (USIM5) teve um abril para esquecer. Após resultados fracos, o papel despencou como se não houvesse amanhã. Segundo dados do Google Finance, entre 22 e 30 de abril, a ação caiu 25,17%, a R$ 7,91.

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Mas o grande problema, segundo os analistas, nem foram as cifras do primeiro trimestre — a companhia reportou R$ 36 milhões de lucro, queda de 93% –, mas as projeções.

A metalúrgica indicou que o Ebtida, que mede o resultado operacional, se manterá estável, implicando um Ebitda anualizado 45% abaixo do consenso para 2024.

“Entendemos que os investidores optaram por se posicionar fora das ações a reverem os seus cálculos, e pensamos que alguns poderão querer ter provas concretas de melhorias futuras nos lucros antes de voltarem a colocar as suas fichas”, explicam os analistas Ricardo Monegaglia e Conrado Vegner, que assinam o documento.

Diante do pessimismo, a dupla até rebaixou o preço-alvo de R$ 12,50 para R$ 10,50, potencial de alta de 31% ante o último fechamento (11/05). Porém, para o banco a ação chegou ao piso. A recomendação segue em compra. Além disso, a Usiminas pode ter uma alta significativa à medida que o crescimento do Ebtida fica mais evidente.

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“Acreditamos que as iniciativas de redução de custos continuarão a ditar o tom da história de crescimento do Ebitda da Usiminas, enquanto os preços domésticos do aço continuam estáveis”, esclarecem.

Usiminas barata ou cara?

Olhando o retrato atual, o Safra diz que a Usiminas negocia a 5,7 vezes o múltiplo EV/Ebitda (valor da firma sobre resultado operacional), acima da média dos últimos 5 anos de 4,8 vezes e com prêmio de 30% em relação a 2024 da CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4).

Porém, os analistas dizem que o ‘número frio’ pode enganar, uma vez que não incorporam um ano completo de normalização de custos.

“À medida que o Ebitda melhora 60% para R$ 3,3 bilhões, o múltiplo EV/Ebitda de 2025 será comprimido para 3,4x (30% de desconto para pares)”, calculam.

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No caso dos dividendos, os analistas não esperam em rendimentos de fluxo de caixa brilhantes até 2026, mas superiores à CSN e Gerdau.

Posteriormente, porém, a figura muda, com rendimentos fortes e consistentemente acima dos concorrentes, a uma média de 17% ao ano entre 2026 a 2032.

Como o Governo pode ajudar a Usiminas?

Outro fator para se colocar na conta é a mudança das tarifas para a importação de aço. O comitê da Câmara de Comércio Exterior (Camex) anunciou o aumento do imposto para 25% para alguns produtos de aço.

Na visão dos analistas, a introdução das novas medidas protecionistas impulsionará as vendas internas da Usiminas, reduzindo as importações de aços planos; por outro lado, isso terá um impacto limitado sobre os preços internos.

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Pelos cálculos, a medida poderia reduzir as importações de aços planos em até 510 quilotonelada (kt), o correspondente a 3,5% do consumo em 2023, dependendo das tarifas que limitam as importações de produtos revestidos e galvanizados.

Já as vendas domésticas podem aumentar até 3%, para 3,8 milhões de toneladas, acima da estimativa anterior de 3,7 milhões de toneladas.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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