Tecnologia

‘Por que usamos uma besteira como o ChatGPT?’: CEO critica IA e defende regulamentação; entenda

05 maio 2023, 13:07 - atualizado em 05 maio 2023, 13:07
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A CEO Meredith Whittaker fez críticas ao ChatGPT, e questionou a utilização do sistema para a realização de pesquisas (Imagem: REUTERS/Florence Lo)

Durante o Web Summit Rio, um dos maiores eventos globais de tecnologia, Meredith Whittaker, CEO da Signal Foundation, apresentou o painel “Por que precisamos frear o desenvolvimento da IA”, conforme noticiou o Tilt, do Uol.

Neste, Whittaker fez críticas ao ChatGPT, e questionou a utilização do sistema para a realização de pesquisas online.

A empresária, responsável pelo aplicativo Signal, que cresceu como uma alternativa ao WhatsApp, afirmou que não se deve levar o ChatGPT a sério ao fazer pesquisas online, bem como defendeu a necessidade de regulamentação da Inteligência Artificial e a proteção de dados dos usuários.

“Ele se comporta como aquele tio que aparece nos feriados, bebe álcool e fala com confiança sobre temas que ele não sabe do que se trata. Pode ser engraçado nas reuniões de família, mas não devemos levar a sério. Não devemos transformar o chatbot em uma ferramenta de pesquisa que as pessoas utilizam para se informarem sobre fatos reais. Por que estamos usando uma besteira como o ChatGPT para coisas sérias?”, disse.

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Preocupações com o ChatGPT

Em seu painel, a empresária defendeu a regulamentação, a fim de impedir a disseminação de informações falsas e garantir a segurança de dados dos usuários.

Segundo ela, as regulamentações em vigor servem apenas para informar aos usuários que dados estão sendo coletados e que a atividade está sendo monitorada, sem oferecer ao usuário a possibilidade de aceitar ou negar as condições.

Neste cenário, Whittaker aponta a organização em comunidade e a criação de políticas públicas locais para supervisionar as informações que estão sendo compartilhadas através da internet com as grandes empresas como possíveis soluções.

“A solução pode estar em se organizar enquanto sociedade. É preciso determinar como as informações estão sendo utilizadas e por quem. Devemos ter em mente que as grandes empresas do mercado contam com pessoas dentro dos congressos que as apoiam todos os dias, garantindo que as decisões sejam favoráveis para eles e questionáveis para o público geral”, disse.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.