Comprar ou vender?

Por que Vale (VALE3) ainda é ‘compra’, segundo Bradesco BBI

03 jun 2023, 17:05 - atualizado em 03 jun 2023, 17:05
Vale
Geração de caixa da Vale continua sólida, em torno de US$ 4,3 bilhões e US$ 4,8 bilhões em 2023 e 2024, respectivamente (Imagem: Reuters/Washington Alves)

Analistas do Bradesco BBI estão com apenas uma ação top pick dentro de mineração e siderurgia. Após a recente correção nos preços das commodities que levou a uma pressão baixista sobre as companhias abertas expostas ao setor, a instituição passou a ver somente Gerdau (GGBR4) como preferência, dada a geração de caixa saudável e os dividendos robustos da companhia (expectativa de 18% de rendimentos até 2024).

De acordo com BBI, a prioridade engloba nomes com maior visibilidade em termos de remuneração ao acionista e alocação de capital e/ou assimetria de valuation mais relevante.

Ainda assim, apesar de priorizar siderúrgicas a mineradoras, a recomendação de “compra” para as ações da Vale (VALE3) segue intacta. O BBI enxerga à frente um cenário de oscilação para o minério de ferro.

Na avaliação da corretora, os preços do minério de ferro devem ficar entre US$ 90-110 no segundo semestre de 2023, refletindo a baixo nos estoques e uma recuperação na demanda chinesa por aço.

Os embarques de minério de ferro também devem se mostrar ainda restritos, já que a companhia adota uma abordagem mais “pragmática” para o aumento da curva de produção, acrescenta.

Enquanto isso, os custos C1 devem cair dos níveis elevados do primeiro trimestre. Os custos totais também, a um patamar de US$ 47,50/tonelada no quarto trimestre de 2023.

Ainda uma boa pagadora de dividendos

Analistas do BBI reforçam que a geração de caixa da Vale continua sólida, em torno de US$ 4,3 bilhões e US$ 4,8 bilhões em 2023 e 2024, respectivamente. Consequentemente, a distribuição de proventos aos acionistas deve seguir robusta, com a remuneração ainda significativa, em torno de US$ 8,7 bilhões até 2024.

“Esperamos que a Vale distribua US$ 5,8 bilhões em dividendos (consideramos apenas os dividendos mínimos do segundo semestre de 2023/2024)”, dizem Thiago Lofiego, do BBI, e Renato Chanes, da Ágora Investimentos, em relatório divulgado na semana.

Para completar, a Vale é atualmente negociada a 4 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) para 2024, abaixo dos múltiplos justos de 5 vezes que o BBI considera para este ponto do ciclo.

“As ações estão precificando o minério de ferro em torno de US$ 75 a partir de agora, o que nos parece excessivamente conservado”, defendem os analistas.

Outros pontos levantados pelo BBI são o foco em melhorar o desempenho operacional da divisão de metais básicos e potenciais avanços para um acordo entre a Samarco e as autoridades.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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