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Potencial de alta de 167%? Por que investir em 3R Petroleum (RRRP3) é oportunidade agora, segundo analistas

17 mar 2023, 17:50 - atualizado em 17 mar 2023, 17:50
3R Petroleum
3R Petroleum sofreu com anúncio de taxação de exportação de petróleo e possibilidade de perder Polo Potiguar (Imagem: Divulgação)

A queda das ações da 3R Petroleum (RRRP3) após o anúncio de taxação de exportação de petróleo bruto por parte do governo criou uma oportunidade de investimento, destacam analistas do BTG Pactual.

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No último dia de fevereiro, o Governo Federal confirmou que irá taxas a exportação de petróleo cru pelo período de quatro meses, o que levou a uma forte reação do mercado nos pregões seguintes.

O anúncio traz volatilidade às ações das petroleiras júniores. No caso da 3R Petroleum, que acumula queda de 12,8% desde então, pesou mais a notícia de suspensão de que o Ministério de Minas e Energia (MME) solicitou à Petrobras (PETR4) que paralisasse, pelo período de 90 dias, os processos de venda de ativos.

Vale lembrar que a 3R Petroleum está no processo de concluir a aquisição do Polo Potiguar, considerado um dos ativos-chave para a companhia.

Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, chegou a mencionar que o polo, que inclui uma reserva 2P de 229 milhões de barris de óleo, uma refinaria e um terminal de exportação, dobraria a produção da petroleira júnior.

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Notícias positivas sobre o Potiguar levantaram os papéis da companhia hoje, que saltou 16,73%. A boa reação veio após a notícia de que a Petrobras ratificou a continuidade do processo de transição do polo.

O anúncio supera a divulgação dos dados de produção de fevereiro, que mostraram uma queda de mais ou menos 7% em relação a janeiro.

Atrativa mesmo sem Potiguar

Pelo cenário-base dos analistas, a 3R Petroleum vai concluir o negócio com a Petrobras.

Quaresma, da Empiricus, chegou a destacar que reverter o processo agora, quando a 3R Petroleum já assinou os documentos de compra e fez parte do pagamento, seria “rasgar um contrato” que foi assinado há um ano.

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Além disso, acrescentou, a Petrobras não tem a tradição de quebrar esses contratos, “mesmo em meio às várias transições de governo pelas quais a estatal passou”.

Em relatório publicado nesta semana, o BTG disse que manter Potiguar no portfólio da Petrobras não ajuda o governo a atingir seus objetivos de incentivar mais investimentos no país e ter maior influência no preço dos combustíveis.

De acordo com o BTG, mesmo considerando o imposto de exportação e o fracasso da aquisição de Potiguar, o VPL da RRRP3 deve ser de R$ 54 por ação, podendo dobrar o valor da cotação atual.

Na avaliação do banco, os anúncios do governo levaram muitos investidores a questionar o resultado da maior aquisição da 3R Petroleum – uma reação considerada exagerada pelos analistas.

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Soma-se a isso a fase atual do setor upstream da indústria brasileira de óleo e gás, que parece estar passando por uma “tempestade perfeita”. Somado ao barulho adicional sobre o negócio Potiguar, o momentum da RRRP3 ficou reduzido, afirmou o BTG.

“Não há quase nenhum downside (potencial de queda) para a ação a partir daqui, e acreditamos que a realização de qualquer catalisador positivo pode ser um grande gerador de valor para a ação”, completou.

O BTG tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 85 para as ações da 3R Petroleum, o que implica um potencial de alta de 167,7% sobre o último fechamento.

Para a Empiricus, apesar dos dados de produção mornos em fevereiro, 3R Petroleum é recomendação de compra pela casa. Segundo Quaresma, mesmo com o salto desta sexta e os riscos da operação, a companhia está com valuation atrativo.

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Para a analista, a transação do Polo Potiguar deve ser concluída ainda no segundo trimestre de 2023.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.