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Powell, presidente do Fed, responde perguntas sobre imigração ilegal e colapso do Silicon Valley Bank; confira

07 mar 2024, 16:15 - atualizado em 07 mar 2024, 16:15
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Para Powell, Fed ainda precisa de mais dados antes de realizar os cortes nas taxas de juros, mas eles podem estar próximos (Imagem: REUTERS/Yuri Gripas)

Ao Senado americano, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), respondeu a perguntas de parlamentares dos Estados Unidos (EUA). Além do questionamento principal, quando o banco central irá reduzir os juros, Powell abordou os impactos da imigração ilegal para a economia e o “Basel III“.

O depoimento anterior, ao Congresso do país, trouxe as visões de Powell sobre os cortes de juros. Ele acredita que a política restritiva está em seu patamar máximo e que cortes são previstos para 2024.

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Cortes nas taxas de juros estão próximos

Mas nem tudo são boas notícias. Datas para os cortes não estão previstas ainda, e a palavra da vez para o Fed é cautela. O temor é que cortes intensos e feitos de maneira muito rápida coloquem em risco os avanços observados na economia norte-americana.

“Quando tivermos essa confiança — e não estamos longe disso — será apropriado começar a reduzir o nível de restrição para que não levemos a economia à recessão”, afirmou o presidente do Fed.

Em resposta aos questionamentos dos políticos presentes, Powell abordou o outro lado da moeda, o risco de demorar para diminuir as taxas do país, afirmando que o Fed está atento a este problema.

Anteriormente, a política do banco central americano era de esperar por uma taxa de inflação a 2%. Agora, ele afirma que o Federal Reserve agirá com antecedência a esse cenário.

Michael Gapen, economista do Bank of America (BofA), afirmou que o tom utilizado por Powell não foi exatamente suave, mas que, se a escolha de palavras do presidente foi intencional, então a “barra” para reduzir os juros não está excepcionalmente alta.

“Na nossa visão, é razoável manter junho como o cenário-base para o primeiro corte nas taxas de juros”, afirmou Gapen.

Atualmente, a probabilidade de cortes para esta data está em 73,8%, de acordo com o CME FedWatch Tool.

Outro dado importante para analisar os rumos da política monetária americana é o “payroll”, que trará os números sobre o mercado dos Estados Unidos, com estimativas de aumento no crescimento salarial anual de 4,3% para fevereiro, de acordo com o Julius Baer.

Powell aborda assuntos “espinhosos”

Quando questionado sobre o papel que imigrantes, especialmente os ilegais, exerceram sobre a economia do país, Powell afirmou que não poderia entrar em detalhes sobre a questão, com base na política de neutralidade do Federal Reserve.

Entretanto, Jerome afirmou que esse foi um “fator notável” que deu apoio à economia do país em 2022 e 2023 sem gerar um superaquecimento.

O “Basel III”, ou Basileia 3, é uma proposta que visa requisitos de capital bancário mais rigorosos a fim de garantir a estabilidade de grandes bancos, com US$ 100 bilhões de ativos ou mais.

Durante os dois dias em que falou aos políticos do país, Powell foi extensamente questionado sobre a atuação do Fed com relação à quebra do Silicon Valley Bank (SVB), que completará um ano no fim de março.

Ele espera que ocorra uma revisão na proposta para que haja consenso no Fed e afirmou que “quando olhamos para o caso do SVB, não agimos de forma rápida e eficiente o suficiente. Estamos buscando ações para melhorar esses dois fatos”.

Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
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