Internacional

Powell responde à Casa Branca sobre reforma de US$ 2,5 bilhões da sede do Fed

18 jul 2025, 4:30 - atualizado em 18 jul 2025, 4:30
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Powell rebate alegações do governo Trump por estouro nos custos em reforma do Fed (REUTERS/Elizabeth Frantz)

O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, respondeu nesta quinta-feira às demandas de um funcionário do governo Trump por informações sobre estouros de custos para um projeto de reforma com custos de US$ 2,5 bilhões da sede do banco central, em Washington, dizendo que o projeto é de grande escopo e envolve uma série de melhorias de segurança e remoção de materiais perigosos.

“Conforme explicado no site público do Conselho, levamos a sério a responsabilidade de sermos bons administradores dos recursos públicos ao cumprirmos os deveres que nos foram confiados pelo Congresso em nome do povo americano”, escreveu Powell em sua carta ao diretor do Escritório de Administração e Orçamento, Russell Vought.

“Temos tomado muito cuidado para garantir que o projeto seja supervisionado com cuidado desde sua aprovação pelo Conselho em 2017.”

Na semana passada, Vought exigiu respostas de Powell a uma série de perguntas sobre o projeto, que surgiu como a mais recente linha de ataque contra o chair do Fed pela Casa Branca de Trump.

Desde que assumiu o governo, Donald Trump tem feito ataques a Powell na tentativa que o Fed reduza as taxas de juros. Xingamentos pessoais são preferidos por Trump em entrevistas e redes sociais pedindo para que Powell deixe o cargo por sua vontade, visto que não encontra brecha legal e institucional para demití-lo.

Os custos da reforma do Fed é a nova frente aberta pelo governo Trump para antecipar o fim do mandato que vai até maio de 2026.

“Não descarto nada [a demissão de Powell], mas acho que é altamente improvável, a menos que ele tenha que sair por fraude”, disse Trump na quarta-feira (16), referindo-se às recentes críticas da Casa Branca e de parlamentares republicanos sobre os custos excessivos da reforma de US$ 2,5 bilhões.

Powell, que foi nomeado por Trump no final de 2017 para liderar o Fed e depois nomeado para um segundo mandato pelo presidente democrata Joe Biden quatro anos depois, disse repetidamente que pretende cumprir seu mandato que vai até 15 de maio de 2026. Um parecer recente da Suprema Corte solidificou uma interpretação de longa data da lei, segundo a qual o chair do Fed não pode ser demitido por diferenças de política, mas apenas “por justa causa”.

Na semana passada, a Casa Branca pareceu tentar estabelecer as bases para isso quando Vought, enviou a Powell uma carta dizendo que Trump estava “extremamente preocupado” com as reformas de dois prédios do Fed.

Powell respondeu pedindo ao inspetor geral do banco central que analisasse o projeto, e o banco central publicou um resumo de “perguntas frequentes”, que refutava algumas das afirmações de Vought sobre salas de jantar VIP e elevadores que, segundo ele, aumentaram os custos.

Com informações Reuters

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fernando.antunes.ext@moneytimes.com.br
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