Pré-Mercado: As negociações em Brasília estão sob os holofotes

Oportunidade do dia
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADERenda fixa com alta liquidez
Com portfólio levemente e focado em crédito high grande, o Riza Lotus é uma alternativa para investir em renda fixa com liquidez em um dia.
Trade do Dia
Por Nilson Marcelo, analista quantitativo de ações da Vitreo
Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade – venda dos papéis da Taurus Armas (TASA4)
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADETASA4: [Entrada] R$ 16.79; [Alvo parcial] R$ 16.45; [Alvo] R$ 15.98; [Stop] R$ 17.38
“A formação de um engolfo de baixa após uma tentativa de retomada dos preços do papel oferece oportunidade de lucros no curto prazo”.
Observações sobre a operação:
– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.
– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.
– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.
Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda.
Bom dia, pessoal!
Lá fora, os mercados de ações asiáticos fecharam predominantemente em queda nesta quarta-feira (29), seguindo as sinalizações negativas de ontem (28) em Wall Street, depois que os dados fracos de confiança do consumidor dos EUA acabaram alimentando o medo entre os investidores de que as taxas de juros mais altas e a inflação persistente possam desencadear uma recessão.
Nem adiantou a China ter reduzido o tempo de quarentena para entrantes no país e oferecido alguns outros sinais de flexibilização das restrições contra a Covid. Os mercados europeus e os futuros americanos ignoram as eventuais indicações positivas e enveredam por uma tendência mais negativa. Para hoje, os investidores seguem atentos aos dados de PIB americano e falas de autoridades monetárias.
A ver…
No Brasil, a discussão é política
Por aqui, contamos muito pouco com dados econômicos nesta quarta-feira (29), apesar de mapearmos a entrega do IGP-M de junho — ainda é cedo para vermos maturação dos pacotes de Brasília, mas será inevitável a desaceleração dos dados de inflação nos próximos meses (o problema é a bomba fiscal que as medidas plantaram).
Ainda assim, o que chama a atenção dos investidores mesmo é a apresentação do parecer da PEC dos Combustíveis, já postergado duas vezes. Ainda em Brasília, não podemos esquecer da votação do parecer ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) — depois dos combustíveis, o orçamento será o tema da vez.
Além desses eventos, temos também a reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional, bem como a divulgação do resultado das contas do Governo Central de maio. Naturalmente, os dados do governo ainda não foram impactados pelas medidas mais recentes, mas a curva de juros já começa a precificar o esgarçamento fiscal.
Medo de recessão
Ontem (28), os índices americanos de ações tiveram seu pior dia em duas semanas. O problema veio com a decepção diante do índice de confiança do consumidor de junho, que caiu 4,5 pontos de maio, para 98,7 pontos, ficando aquém da estimativa de consenso de 101, tendo sido também a leitura mais baixa desde fevereiro de 2021.
Ao que tudo indica, o caminho mais agressivo do Federal Reserve para reduzir as pressões inflacionárias está afetando a forma como os consumidores veem o cenário econômico de curto prazo, que continua a se mover acentuadamente para baixo — o Fed já executou o seu maior aumento de juros em quase 30 anos.
Claro, os EUA ainda contam com um mercado de trabalho forte, empresas recomprando suas próprias ações e balanços bancários robustos. Ainda assim, as pressões familiares permanecem, com os investidores particularmente focados no aperto da política monetária e na possibilidade de recessão.
Agora, os investidores se atentam com o PIB do primeiro trimestre dos EUA, que é revisado (pode ser ainda pior do que a última leitura). No entanto, o principal dado da semana está reservado para sexta-feira, com os dados de gastos de consumo pessoal dos EUA, incluindo o indicador de inflação preferido do Fed.
Vibrações europeias
Na Europa, os investidores amanhecem ansiosos pelo fórum do BCE, que reserva a fala de diversas autoridades monetárias do mundo inteiro, inclusive a do presidente do Fed, Jerome Powell, e da presidente do BCE, Christine Lagarde — o Banco Central Europeu está empenhado em elevar as taxas de juros em julho e, provavelmente, em setembro.
Ao fundo, contamos com a inflação ao consumidor alemão, que caiu 0,1% no mês de junho, reduzindo a taxa anual de inflação de 8,1% para 7,5%. A notícia de desaceleração da inflação cai bem, diante de um contexto de aumento de juros — foi a primeira queda na taxa anual desde janeiro e alimentou as esperanças de que a inflação possa estar atingindo o pico na Alemanha.
Anote aí!
No Brasil, contamos com a divulgação do índice de confiança do comércio e do setor de serviços em junho. Há também o IGP-M de junho, que deve avançar 0,70% no mês. O lançamento do Plano Safra 2022/23, o resultado do Governo Central e a apresentação do parecer da PEC dos Combustíveis também estão na agenda.
Lá fora, os investidores digerem os dados de preços do varejo no Reino Unido e a inflação na Alemanha. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e os chefes dos bancos centrais da União Europeia e do Reino Unido também contam com espaço de fala no Fórum do BCE. Dados de PIB americano são igualmente devidos.
Muda o que na minha vida?
Cada vez mais investidores tentam decodificar a economia dos EUA. Enquanto alguns dos principais CEOs estão soando o alarme sobre uma recessão, os dados econômicos reais não dizem a mesma coisa. Talvez possamos considerar os empresários como um indicador de que tempos difíceis estão por vir.
A começar por Elon Musk, que disse aos executivos na Tesla que estava com um pressentimento super ruim sobre a economia, pedindo para parar todas as contratações em todo o mundo. Junto dele está o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, que alertou as pessoas para se prepararem porque um “furacão” está prestes a abalar a economia. Muitos outros estão pensando de maneira parecida.
Ainda assim, essas previsões apocalípticas ainda não apareceram nos dados. Hoje teremos mais uma revisão de PIB americano. No primeiro trimestre, o dado registrou uma queda. Segundo a avaliação clássica, dois PIBs seguidos de queda são o suficiente para sabermos se uma economia está ou não em recessão técnica — os investidores estarão de olho para saber se o segundo trimestre acompanha o primeiro nos EUA.
Um abraço,
Jojo Wachsmann
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