Colunista Vitreo

Pré-mercado: Da Alemanha ao Brasil, mas sem 7×1 desta vez

27 set 2021, 8:52 - atualizado em 27 set 2021, 8:52
Os diferentes caminhos para a Alemanha definir sua coalizão / Round Six (2021)

Bom dia, pessoal!

Na reta final do terceiro trimestre de 2021, teremos novas medidas por parte do nosso Banco Central para reforçar sua atuação sobre o câmbio.

Lá fora, nos EUA, o confronto político sobre o teto da dívida do governo deve aumentar nos próximos dias – por enquanto, pelo menos, a possibilidade de paralisação do governo não afetou as ações globais.

Os futuros trabalham mistos, com estabilidade na Nasdaq e alta no Dow Jones e no S&P.

Na Europa, as ações alemãs subiram depois que os social-democratas conquistaram a maior parcela dos votos em uma disputa acirrada, derrotando o bloco de centro-direita, célula de poder de Angela Merkel nos últimos 16 anos.

Na Ásia, por sua vez, as ações estavam em alta nesta segunda-feira (27), mas os temores de novas ondas de surtos de Covid-19 estavam obscurecendo as perspectivas econômicas para a região, moderando a recuperação.

Adicionalmente, o partido que atualmente governa o Japão realizará uma eleição no final desta semana para escolher um líder que sucederá Yoshihide Suga como primeiro-ministro após apenas um ano no cargo.

A ver…

Banco Central com nova postura para o último trimestre

Na última sexta-feira (24), com os mercados fechados, a nossa autoridade monetária avisou que já a partir de hoje pela manhã realizará dois leilões extraordinários de swap cambial por semana, às segundas e às quartas.

Para esta segunda-feira (27), serão ofertados até 14 mil contratos, o equivalente a US$ 700 milhões, com vencimentos para junho e setembro de 2022.

Com isso, Roberto Campos Neto objetiva manter o funcionamento regular do mercado de câmbio, temendo novas pressões inflacionárias derivadas desta variável para os próximos meses, em especial por conta da demanda dos bancos para o ajuste do overhedge em dezembro – ocorre quando os bancos fazem uma proteção exagerada do seu patrimônio que está em moeda estrangeira no exterior.

Se for bem-sucedido, a autoridade reduzirá a volatilidade do câmbio.

De olho no teto de gastos

Não é segredo para ninguém que os mercados americanos tiveram um setembro difícil.

Infelizmente, os investidores podem enfrentar mais volatilidade devido a várias preocupações, incluindo a Covid-19 e seu impacto prolongado na economia, juntamente com uma lenta recuperação do mercado de trabalho.

Para piorar, a Câmara dos Representantes dos EUA adiou a votação do programa de infraestrutura de US$ 1,2 trilhão do governo até quinta-feira (30).

Um dos motivos é que no centro da discussão ainda temos a questão do teto da dívida. Sabemos que, na semana passada, a Câmara já aprovou a remoção do teto da dívida até o final de 2022, mas o embate no Senado ganha contornos diferentes e poderá atrapalhar a agenda de Joe Biden na reta final de 2021, o que é prejudicial, uma vez que as chances de aprovar grandes pautas em ano eleitoral como 2022 (teremos eleições de meio de mandato) são menores.

China versus bitcoin

No final da semana passada, os reguladores chineses proibiram todas as transações relacionadas à criptomoeda no país.

De maneira geral, as autoridades chinesas têm pressionado a influência das criptos já há algum tempo. Agora, os residentes chineses não podem mais negociar criptos em plataformas como WeChat Pay e Alipay.

Ainda, a mineração de criptomoedas agora é totalmente ilegal – a ordem reiterou uma proibição preexistente às Bolsas estrangeiras que realizam transações dentro da China.

A ideia aqui é evitar que a população tenha contato com ativos que não sejam regulamentados por nenhuma autoridade superior, o que facilitaria atividades ilegais como lavagem de dinheiro, além de permitir que o dinheiro vaze para fora do país sem documentação. Sem mencionar que o banco central do país tem testado sua própria moeda digital, o yuan digital.

Anote aí!

Lá fora, haverá pronunciamento de membros do BCE e do Fed, o que pode trazer volatilidade para os juros e para o câmbio.

Na Europa, tivemos pela manhã alguns dados de liquidez e crédito na Zona do Euro, mas tudo dentro do esperado, sem nenhuma grande surpresa. Dados sobre encomendas de bens duráveis chamam atenção nos EUA.

Por aqui, além de acompanharmos o tradicional relatório Focus, também podemos avaliar o senador Ângelo Coronel (PSD-BA), relator do projeto de lei que trata da reforma do Imposto de Renda, se reunindo com o ministro da Economia, Paulo Guedes – ruídos de que a reforma ficaria apenas para 2022 deram um tom negativo para o mercado na semana passada.

Muda o que na minha vida?

Na Europa, o eleitorado alemão falou de maneira mais inconclusiva do que esperávamos.

Os social-democratas de centro-esquerda conquistaram a maior parcela dos votos (25,9% dos votos) nas eleições nacionais da Alemanha, derrotando o bloco de centro-direita (24,1%) em uma disputa acirrada. O resultado, porém, ficou mais apertado do que o esperado.

Os Verdes ficaram em terceiro com 14,8%, seguidos pelos Democratas Livres com 11,5%. Os dois partidos já sinalizaram que estão dispostos a discutir a formação de uma aliança tríplice com qualquer um de seus dois maiores rivais para formar um governo.

Dessa forma, a política alemã acompanha os partidos negociando acordos de coalizão, o que pode levar meses.

A notícia é relevante porque a Alemanha é o país mais forte da Zona do Euro e a líder, na prática, da União Europeia.

Outro fator de relevância é que, depois que os Estados Unidos e a China se revezaram no controle da recuperação econômica global da pandemia, a Europa poderia ser a próxima, jogando holofotes adicionais sobre a Alemanha.

A economia europeia se recuperou mais fortemente do que o esperado depois que as restrições contra a Covid-19 foram atenuadas no início deste ano. Agora, temos um mercado consumidor que acumulou mais de 300 bilhões de euros em reservas de caixa excedentes durante a pandemia.

Espera-se agora que a Europa retorne ao seu nível de PIB anterior à crise antes do final deste ano, um trimestre antes do previsto anteriormente.

Fique de olho!

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E claro que a resposta não poderia ser diferente:

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Um abraço,

Jojo Wachsmann

CIO e sócio fundador da Vitreo
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
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