Colunista Vitreo

Pré-mercado: E começa a dança do Copom

04 maio 2021, 8:44 - atualizado em 04 maio 2021, 8:44
Temas brasileiros competem por atenção / Quase Irmãos (2008)

Bom dia, pessoal!

O início de mês foi positivo para a maioria dos índices ao redor do mundo. Se a temporada de resultados agitou Wall Street na semana passada, esta semana é a vez do Brasil.

Os bancões divulgam seus números para o primeiro trimestre do ano.

Ontem (3) à noite, o lucro líquido do Itaú no 1T21 veio acima do esperado – um bom resultado. Hoje, teremos o Bradesco, depois do fechamento, junto com XP e Pfizer, no exterior.

A temporada está pegando fogo e os números têm sustentado o patamar dos ativos de risco, o que é positivo.

Os mercados europeus abrem mistos na manhã desta terça-feira (4), acompanhados pelos futuros de Wall Street, que também não amanhecem bem. A ver…

Escolha um tema para chamar de seu

Hoje, a CPI da Covid e a leitura do parecer sobre a reforma tributária dividem as atenções dos investidores locais, que ainda devem se preocupar com a temporada de resultados, agitada nesta semana, e com o Copom.

A autoridade monetária inicia sua reunião hoje para apresentar a decisão amanhã (5) depois do mercado – os investidores ajustam suas posições na curva de juros, esperando um comunicado que sinalize aumentos adicionais (a alta rumo aos 3,5% já está contratada).

Pelo menos por enquanto, a expectativa com bons números dos bancos no primeiro trimestre tem sustentado o Ibovespa, como no caso do Santander na semana passada e como deverá ser a reação com o Itaú (o Bradesco vem em seguida).

No cenário político, o Congresso divide suas atenções entre a CPI da Pandemia, que contará com os ex-ministros da saúde Luiz Henrique Mandetta, às 10 horas, e Nelson Teich, às 14 horas.

Ainda em Brasília, a leitura do relatório de Aguinaldo Ribeiro (relator) para a reforma tributária é devida.

Entende-se que Arthur Lira, presidente da Câmara, deverá particionar a proposta, ainda que a defenda como prioritária.

Entre tapas e beijos

O presidente do Fed, Jerome Powell, teve outra oportunidade de falar ontem o que ele já tem falado há meses.

Em evento, ele observou que a economia dos EUA está se fortalecendo, mas nem todos estão se beneficiando igualmente, destacando uma recuperação desigual e um ponto de atenção para o fato de que a situação ainda não estaria fora de perigo.

É verdade, como já conversamos por aqui. Setores como o de manufatura tiveram menos restrições no ano passado e seguem assim, podendo se recuperar mais cedo.

Por outro lado, o setor de serviços, que em média costuma empregar trabalhadores de renda mais baixa, se recuperará mais tarde – Ray Dalio tem razão ao se preocupar com a desigualdade crescente ao redor do mundo.

Enquanto a economia americana reabre e dá oportunidade para a criação de empregos, o presidente Biden continua sem reverter os impostos da era Trump sobre o consumo americano de produtos importados, fruto da guerra comercial com a China.

A política de impostos comerciais, como era de se esperar, não funcionou para alterar um desequilíbrio comercial: os chineses perderam participação no mercado para bens sujeitos a impostos sobre o comércio, mas foram outros países, como o México, e não os EUA, que conquistaram essa participação no mercado.

Por enquanto, porém, o déficit comercial dos EUA em março, a ser apresentado hoje, deverá crescer – na transição de consumo de bens para serviços, o déficit comercial poderá diminuir.

Vislumbrando o futuro da terra

Temos visto muito progresso em relação a assuntos climáticos.

Nas últimas semanas, vários líderes mundiais anunciaram metas ambiciosas de redução de emissões de carbono e seus equivalentes, principalmente durante a Cúpula do Clima. Biden, por exemplo, comprometeu os EUA a reduzir as emissões 52% até 2030 em relação aos níveis de 2005.

Embora essas metas não sejam fáceis de atingir, entende-se que a pandemia apresentou uma oportunidade para reconstruir a economia de uma maneira mais sustentável.

O crescente apoio regulatório, a melhoria da economia para soluções baseadas em tecnologia e a mudança das preferências do consumidor e do investidor vão nessa direção.

As oportunidades vêm de diferentes maneiras nesse segmento.

Soluções de planejamento urbano e tecnologia de cidades inteligentes, bem como tratamentos para os impactos das mudanças climáticas na saúde, de modo a aprimorar a qualidade de vida nas cidades (poluídas), são exemplos disso.

Ademais, a contribuição para a transição energética em curso alocando capital para energia renovável, transporte elétrico e soluções de eficiência energética, como infraestrutura hídrica inteligente, também serve para exemplificar as diferentes oportunidades.

O emissário americano para o clima, John Kerry, sugeriu que os EUA e a Europa podem exigir que as empresas divulguem os riscos climáticos, da mesma forma como o Reino Unido fará até 2025.

O tema ganhou contornos de pressão no último sábado (1º), quando investidores cobraram de Buffett, durante a tradicional convenção da Berkshire, mais transparência nas iniciativas climáticas das investidas. Movimentos assim podem ter impacto sobre o mercado de ações.

Anote aí!

Na sequência do que já destacamos acima, como resultados corporativos e decisão de política monetária, poderemos contar com dados econômicos hoje também. No Brasil, o IPC-S das Capitais de abril chama atenção, uma vez que estamos na véspera do Copom.

Brasília estará predominantemente sob os holofotes, então temos que ficar de olho no noticiário.

Lá fora, ministros das Relações Exteriores do G7 se reúnem, enquanto o Reino Unido divulga o PMI industrial de abril e os EUA apresentam sua balança comercial e as encomendas à indústria de março.

Ainda na terra do Tio Sam, Janet Yellen participa de entrevista ao Wall Street Journal e teremos também estoques de petróleo, que poderão movimentar o preço internacional da commodity.

Na Ásia, a inflação ao consumidor sul-coreana em abril refletiu a situação do mercado de petróleo há um ano, mas isso não deverá preocupar – vide a seção abaixo.

Muda o que na minha vida?

Começaremos a ver os impactos da alta dos preços das commodities em nossas vidas?

Podemos até ver, mas o efeito-base dos preços, como no caso do petróleo, costuma ter um caráter temporário para a inflação, de modo que os consumidores não os percebem, possibilitando que os bancos centrais os ignorem – artifício utilizado por Jerome Powell.

O choque de inflação ainda deve estar por vir, mas as autoridades monetárias não parecem preocupadas. Um argumento em favor dos bancos centrais de postura “dovish” (expansionistas) é o de que, como não houve uma recessão tradicional em 2020, as economias não reduziram a capacidade produtiva (estímulos fiscais sem precedentes).

Assim, as empresas permaneceram no mercado, embora em hibernação, e fornecem capacidade e competição à medida que a economia se recupera.

Entendemos que, por mais que haja um repique forte de inflação por conta da reabertura, os juros nos EUA não devem se estressar para além da faixa entre 1,75% e 2,25%. Assim, a tecnologia continua sendo uma oportunidade de longo prazo, apesar dos ventos contrários.

Fique de olho!

Finalmente chegou a hora de você investir na retomada econômica mais histórica dos Estados Unidos, pois ontem foi ao ar o último episódio (link) da série “O Rally do 4 de Julho”.

Nele, eu revelei a surpresa que a gente preparou para você, que tem tudo a ver com o lendário Warren Buffet e com a reunião anual de acionistas da Berkshire Hathaway, que aconteceu no sábado, dia 1º de maio.

Também dei todas as orientações que você precisa para alocar o seu patrimônio no fundo que investe naqueles que são os ativos das maiores e mais conhecidas empresas da Bolsa americana, que estão fazendo parte do nosso rally.

E o melhor: a partir de R$1.000 você já pode começar.

Preparamos essa série com todo cuidado para você, pois acreditamos que chances de lucros chegarão já nas próximas semanas, com a volta da economia tradicional e os pacotes de estímulo trilionários de Joe Biden. Você lê sobre isso todos os dias aqui no Transparência Radical.

É por isso que você não pode perder um dia sequer dessa chance, caso ela faça sentido para o seu perfil de investimento e situação financeira no momento, pois a gente acredita que daqui pra frente todo fechamento de mercado norte-americano conta.

Esperamos que você goste desse “grand finale”, e esperamos ver você em breve como cotista desse nosso fundo tão especial.

[EU QUERO ASSISTIR AO ÚLTIMO EPISÓDIO DO RALLY DO 4 DE JULHO]

Um abraço,

Jojo Wachsmann

CIO e sócio fundador da Vitreo
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
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