Colunista Vitreo

Pré-mercado: Mercado disse que não tem medo, apenas receio

13 maio 2021, 9:27 - atualizado em 13 maio 2021, 9:27
Processando a informação depois do movimento de ontem / Altered Carbon (2018 – 2020)

Bom dia, pessoal!

A pancada foi forte e o mercado ainda processa a informação. Você acha que, depois de um movimento de venda como o que verificamos ontem (12), esta quinta-feira (13) seria de recuperação?

Bem, a manhã de hoje nos diz algo diferente.

Os mercados europeus abrem em tom misto, predominantemente no vermelho (com quedas fortes de mais de 2% em alguns casos), enquanto os futuros americanos também apresentam continuidade do movimento de queda verificado ao longo da semana, realizando posições.

O mercado está com medo da inflação e do que ela pode significar para a política monetária. A ver…

Novela mexicana na CPI da Covid

Ainda que o mercado local tenha uma maior preocupação com o exterior, não podemos deixar de lado as tradicionais pérolas brasileiras.

A CPI da Covid, que tem servido mais como ruído do que sinal, deu uma esquentada ontem, quando os senadores perderam a paciência com Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, que se negava a responder objetivamente a todos os questionamentos.

No auge de seus desvios retóricos, o relator Renan Calheiros pediu a prisão da testemunha, movimento que foi barrado pela presidência da Comissão.

Hoje, contamos com o depoimento do CEO da Pfizer, que também deverá movimentar Brasília.

Não menos importante será o STF, que retoma à tarde o “julgamento do século” sobre ICMS e PIS/Cofins.

Temporária ou sustentada?

Os investidores ficaram assustados com um relatório mostrando que a inflação nos EUA no ano até abril subiu em seu ritmo mais rápido em cerca de 13 anos, gerando temores de superaquecimento da economia.

O padrão de mudanças de preços correspondeu a uma mudança em direção aos gastos com serviços, como antecipamos por aqui.

Por outro lado, ainda há pressão em bens de consumo. A inflação dos preços dos carros usados, por exemplo, ​​foi a mais alta da história, refletindo uma escassez de oferta de carros novos e sinalizando um dos destinos dos cheques de estímulo de Biden.

Ainda assim, o CPI (sigla em inglês para os dados de inflação apresentados ontem) não costuma ser o indicador mais utilizado pelo Fed na condução de sua política monetária – ele costuma preferir o PCE, que já leva em consideração mudanças na cesta de consumo.

Após o susto com a inflação ao consumidor, mais dados nesta quinta-feira, com preços ao produtor para abril (PPI, na sigla em inglês) e pedidos de seguro-desemprego semanais, devem manter o mercado e o Fed contra a parede.

Mas o sonho durou tão pouco

Depois de gerar todo um alvoroço no primeiro trimestre com um movimento arrojado no mercado de criptomoedas, a Tesla anunciou ontem à noite que não vai vender carros por bitcoin.

O motivo? Segundo Elon Musk, porque percebeu que o bitcoin é prejudicial ao meio ambiente no processo de mineração.

O curioso é que Musk, há alguns meses, também era um dos maiores defensores dos processos sustentáveis de mineração, alegando que o bitcoin não era prejudicial ao meio ambiente. Mudou de ideia. Seu sonho durou pouco.

Ainda que a companhia não vá vender os bitcoins que tenha comprado, o reflexo das palavras de seu CEO já ecoaram no mercado das criptos, que começaram a realizar forte ao longo da madrugada.

É um lembrete de que ainda há desafios para o estabelecimento das moedas digitais como “meio de troca”, realmente, uma vez que o critério de “reserva de valor” não é atendido.

Anote aí!

Para o Brasil, o dia será cheio de resultados corporativos, podendo contar, inclusive, com o movimento de cautela para os números da Petrobras após o fechamento do mercado.

Na agenda de dados econômicos, o IBC-Br (índice de atividade do Banco Central) de março e do primeiro trimestre pode servir para revisar as projeções para o PIB (o IBC-Br é notoriamente conhecido como uma proxy do PIB), como fizeram os dados dos serviços em março.

Mas ficaremos refém de movimentos de Brasília e do cenário internacional, que pode reforçar a aversão ao risco que afetou Nova York e os emergentes nessa quarta-feira.

Ao redor do mundo, não só a temporada de balanços segue viva (teremos Disney nos EUA, por exemplo), como poderemos contar com divulgação da política monetária do México, Chile e Peru, que influencia os mercados da América Latina.

Em solo americano, o destaque fica mesmo para a divulgação da inflação dos preços ao produtor, como mencionamos acima – aqui, o preço do petróleo do ano passado vai influenciar bastante.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego também serão de interesse do mercado, à medida que se questiona a atual aderência da mão de obra ao mercado de trabalho.

Muda o que na minha vida?

Nota-se uma vulnerabilidade da cadeia de suprimentos global.

À medida que um número crescente de empresas avisa que a escassez de suprimentos e os congestionamentos irão obrigá-las a aumentar os preços, os riscos de inflação se intensificam em toda a economia.

Na verdade, os estoques apertados fizeram com que os preços das matérias-primas subissem.

Os fabricantes estão lutando para reabastecer os estoques para acompanhar a demanda cada vez maior, ao passo que também lidamos com uma reabertura da economia e injeção de estímulos.

Conforme as commodities e os materiais ficam mais caros, a grande questão na mesa é se uma inflação mais rápida persistirá; isto é, se o processo atual é sustentado ou temporário.

Investidores e legisladores estão na esperança de que os aumentos de preços sejam transitórios, ainda que coloquem no preço o risco de estarem errados também, como podemos ver pelas realizações recentes.

Assim, os aumentos de preços diretos continuarão a ser um elemento importante quando olharmos para 2021.

Um aumento da capacidade e fortalecimento das cadeias locais e globais de suprimentos seriam uma maneira de se combater de forma estrutural a pressão de preços em tais vulnerabilidades.

Fique de olho!

O promissor mercado de crédito de carbono europeu está em alta, devido à necessidade de redução da emissão de gás carbônico pelas empresas.

E se você não investe o seu capital nesse mercado, ainda, você pode estar deixando de ganhar muito dinheiro.

Somente entre os dias 27 de abril de 2021 e 11 de maio de 2021, o futuro MOZ21, ativo comprado pelo nosso fundo Vitreo Carbono, rendeu 12,14%, em euros.

Significa que o seu preço, que até então era de R$47,30, subiu para R$53,04.

Em reais, o futuro MOZ21 rendeu 8,54% no mesmo período.

Como a gente falou lá em cima, esse é um mercado muito promissor.

Que deverá gerar bilhões de dólares em negócios nos próximos anos, em decorrência das demandas de empresas poluidoras, que não dão conta de realizar suas devidas compensações ambientais.

É importante a gente ressaltar que o período mencionado acima foi destacado justamente porque foi no dia 27 de abril que o Vitreo Carbono foi lançado.

E como ele ainda não tem 6 meses de existência, infelizmente sua rentabilidade não pode ser divulgada ao público.

No entanto, falar sobre a performance do ativo que o fundo compra já dá uma ideia bastante positiva sobre a performance do produto, como você pode imaginar.

Inclusive, as expectativas do nosso time de gestão relacionadas à essa tese estão muito boas, sendo um indicativo de que aguardamos maiores valorizações já nos próximos meses.

Os próprios números que eu te mostrei não me deixam mentir. Embora nenhuma garantia de lucros possa ser dada, é sempre bom lembrar.

É por isso que a gente acredita que essa é uma hora excelente para a sua entrada no mercado de crédito de carbono europeu, caso a tese faça sentido para o seu perfil de investidor.

Se você se interessou pelo produto, por meio do Vitreo Carbono a partir de R$1 mil iniciais você pode expor o seu capital ao mercado multibilionário de créditos de carbono europeu.

Um produto incrível, que conta com a nossa análise criteriosa na compra dos ativos do fundo somada à gestão ativa e dinâmica da Vitreo, que está muito atenta aos principais movimentos do mercado de créditos de carbono europeu.

Essa é a nossa maneira de levar a você o melhor desse segmento, que pode estar apenas no início.

[Conheça o Vitreo Carbono]

Esperamos que você tenha gostado da oportunidade de hoje.

E esperamos te ver em breve como cotista do nosso fundo Vitreo Carbono.

Atenção:

Não deixe de ler o regulamento do fundo e seus fatores de risco antes de investir.

E lembre-se de que a aplicação em fundos de investimento não conta com a garantia do FGC, de qualquer mecanismo de seguros ou dos prestadores de serviço do fundo.

Um abraço,

Equipe Vitreo

CIO e sócio fundador da Vitreo
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.