Colunista Vitreo

Pré-Mercado: PEC fatiada, mercado em alta e algumas alternativas para 2022

19 nov 2021, 8:49 - atualizado em 19 nov 2021, 8:49
Saindo um picadinho de PEC /Julie & Julia (2009)

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Bom dia, pessoal!

No exterior, os mercados asiáticos fecharam esta sexta-feira (19) de maneira mista, sem uma única direção, à medida que o foco dos investidores volta a ser a inflação depois de uma temporada de resultados com entregas acima do esperado.

Agora, reina nas discussões de mercado as perspectivas de longo prazo para as economias globais e a dúvida se os bancos centrais sentirão pressão para reduzir os estímulos mais rapidamente do que o planejado.

A Europa abre em alta de modo bastante generalizado após as vendas no varejo no Reino Unido terem sido mais fortes do que o esperado – adicionalmente, os dados de cartão de crédito também sugerem uma mudança em direção aos gastos no setor de serviços, conforme esperado.

O movimento no velho continente é positivo, apesar da inflação de preços ao produtor alemão ter sido impulsionada pelo aumento da energia.

Os futuros americanos também amanhecem para cima, não sendo impeditivo, partindo de uma perspectiva internacional, um contágio de ânimo nos ativos brasileiros, que se encontram em seu menor patamar em mais de um ano.

A ver…

Qual a fatia da PEC que você deseja?

Os imbróglios em Brasília seguem aquecidos. Agora, contamos com a possibilidade de um fatiamento da PEC dos Precatórios surgir como solução aos diversos interesses dispersos no Senado.

Acredita-se que separar o texto em pedaço possa vir a ser menos prejudicial do que as propostas de retirada dos precatórios de 2022 do teto de gastos, com chance de o texto voltar à Câmara.

A articulação está sendo realizada por Fernando Bezerra, relator da proposta.

Saindo dessa realidade, o mercado digere dois outros desdobramentos.

O primeiro se refere à conclusão, marcada para hoje, do leilão de dois terminais de combustíveis no Porto de Santos – juntos, os arrendamentos exigirão investimentos da ordem de R$ 1 bilhão.

Ao longo dos últimos meses vimos uma série de contratações de investimento para o longo prazo, que deverão gerar benefício à infraestrutura nacional – vide projeto de Infra2038.

Em segundo lugar, com possível impacto sobre a aplicação do Auxílio Brasil, temos uma discussão no Supremo Tribunal Federal (STF), que deverá concluir o julgamento de recurso da Advocacia Geral da União (AGU) sobre a obrigação do governo federal de regulamentar e incluir no orçamento de 2022 um programa de renda básica, apesar da Lei das Eleições proibir a implementação e ampliação de benefícios sociais pela administração pública em ano eleitoral.

Dança das cadeiras no Fed?

Hoje, olhar para os resultados do terceiro trimestre pode parecer, em grande parte, avaliar algo pelo espelho retrovisor.

Contudo, olhar para tais dados pode nos mostrar o quão alta a inflação realmente está. Há um temor de que esses presságios de inflação possam mudar o direcionamento do aperto monetário do Federal Reserve (Fed), que poderá ter sua liderança trocada até fevereiro.

Em relação a este último tema, o presidente Biden indicou que anunciará sua decisão sobre o Fed até o Dia de Ação de Graças, na semana que vem.

Paralelamente, ainda assim, os mercados continuam em alta. Espera-se agora o andamento dos próximos planos fiscais do presidente Biden, que devem ser votados pela Câmara dos Representantes até o final de novembro.

O Escritório de Orçamento do Congresso estima que a nova proposta de US$ 1,75 trilhão pode adicionar em média cerca de 0,16% do PIB ao déficit a cada ano, percentual que não deverá incomodar os mercados.

Além disso, em Washington, começa um rumor de que o governo dos EUA, depois de produtivas conversas com Pequim no início da semana, pode estar avaliando a remoção de alguns dos impostos da era Trump sobre as empresas norte-americanas que negociam com a China.

Como não houve, em geral, comprovação de benefício nos últimos anos, entende-se que as empresas já tenham sido prejudicadas em demasia.

Diversificação com investimentos alternativos

Depois de caminhar para o terceiro ano seguido em uma alta superior a 15%, os mercados americanos começam a ficar mais voláteis à medida que os investidores ficam receosos sobre o fim do ciclo para ações.

Em 2022, devem seguir no radar as preocupações sobre o risco de crédito no mercado imobiliário da China, a redução de estímulos por parte do Fed, a possibilidade de novas ondas de Covid e as interrupções na cadeia de abastecimento global.

Embora boa parte do mercado continue vendo uma tendência de alta para as ações, mesmo com vários riscos no horizonte, os investidores podem considerar a diversificação de suas fontes de risco e retorno para o ano que vem.

Investimentos alternativos, como fundos de private equity, podem oferecer uma maneira de aumentar potencialmente os retornos da carteira e aumentar a diversificação.

Depois de entregar retornos de dois dígitos em 2020, os mercados privados têm apresentado um bom desempenho, com o índice Global Cambridge Associates Private Equity, que acompanha mais de 2 mil fundos, subindo mais que o MSCI World.

Gradualmente, deveremos ter mais e mais investimentos em private equity compondo as carteiras dos investidores.

Anote aí!

Por aqui, vale ficar de olho no Monitor do PIB de setembro, divulgado pela FGV.

Além disso, o Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, realizará palestra no evento Meeting News, em São Paulo, e poderá nos dar algumas palavras sobre a inflação e o ritmo do aperto monetário.

Lá fora, destaque para as falas dos membros do BCE, inclusive da presidente, Christine Lagarde, que será monitorada pela influência potencial sobre o câmbio, com a Zona do Euro entre pressões inflacionárias e casos de Covid-19 que voltam a aparecer.

Nos EUA, também contamos com falas de autoridades monetárias.

Fora isso, vale acompanhar a reunião do comitê consultivo dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças para decidir se as doses de reforço da Covid devem ser recomendadas para todos os adultos.

A ideia é também já começar a se preparar para a campanha de vacinação de 2022.

Muda o que na minha vida?

Há uma revolução acontecendo no mercado de trabalho. À medida que trabalhar de casa se torna parte do futuro, e não apenas uma tendência passageira, os países estão aprovando novas leis trabalhistas para se adaptarem ao desenvolvimento.

Segundo uma pesquisa da Owl Labs e da Global Workplace Analytics, um em cada quatro trabalhadores sairia do emprego se não pudesse mais trabalhar remotamente após a pandemia, sendo que mais 19% estavam indecisos.

Em Portugal, por exemplo, as novas regras aprovadas farão com que as empresas enfrentem multas por tentarem se comunicar com os trabalhadores fora do seu horário normal de trabalho, além de terem que ajudar a pagar pelos custos incorridos pelo trabalho remoto, como contas de eletricidade e internet.

Ainda em Portugal, outro exemplo que podemos citar entre as mudanças é a possibilidade de pais de crianças pequenas (até oito anos) terem agora o direito de trabalhar de casa sem ter que combinar com seus empregadores com antecedência.

Por fim, medidas para enfrentar a solidão também estão incluídas nas novas regras de trabalho a distância, cabendo às empresas a organização de encontros presenciais.

Mas Portugal não é o único país a modernizar suas leis trabalhistas. França, Espanha, Bélgica, Itália, Índia e Argentina estão implementando requisitos de trabalho como o “direito de desligar”.

Nos EUA, no entanto, podemos ver algo um pouco diferente.

Historicamente, o país sempre colocou o foco na produtividade, nos lucros e nos resultados financeiros.

O Brasil, por sua vez, pode se mostrar mais aberto à modernização de suas leis trabalhistas nos próximos anos.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

CIO e sócio fundador da Vitreo
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
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