Colunista Vitreo

Pré-mercado: Preparem-se, mais um dia de dor de cabeça lá fora

20 maio 2021, 9:12 - atualizado em 20 maio 2021, 9:17
Sentindo-se invencível: a privatização da Eletrobras passou na Câmara / Invencível (2021)

Bom dia, pessoal!

Desde a ata do Fed divulgada ontem (19), os investidores passam a trabalhar com um novo componente no cenário: o banco central dos EUA começou a admitir que a retirada do afrouxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), que estabelece o programa de compra de ativos da autoridade monetária, pode começar a ser debatida nas próximas reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Como não poderia deixar de ser, a notícia puxou as taxas dos Treasuries (hoje em 1,657% no título de dez anos) e o dólar, depreciando as moedas dos emergentes, que surfam a liquidez global e tendem a ser preteridas por moedas fortes.

O Brasil, pelo menos, por conta de sua agenda interna, poderá se desvencilhar dessa dinâmica. Hoje, os mercados europeus abrem mistos, entre altas e baixas.

Os futuros americanos mostram o seu tom negativo nesta manhã. A ver…

Passou, mas e agora?

Finalmente! A Câmara dos Deputados aprovou ontem a redação final da medida provisória de privatização da Eletrobras por 297 votos a 143.

Agora, o texto segue para o Senado, onde teremos até 22 de junho para ter a palavra final do Congresso.

A ideia aqui é que haja uma capitalização adicional da companhia, da ordem de algo como R$ 20 bilhões, da qual a União não participaria, tendo sua participação diluída (de 60% para 45%) e, consequentemente, perdendo o controle da companhia – na prática, ela deixa de ser uma estatal com o movimento.

Ainda tem água para rolar, mas o Ibovespa pode muito bem reagir positivamente à novidade, uma vez que é um fator positivo vindo de Brasília (ultimamente, eles têm sido mais raros).

Ainda hoje, nesse quadro, teremos mais um leilão do Tesouro, que pode estressar a curva dos juros – está marcado para as 11 horas e serão ofertadas LTNs, NTN-Fs e LFTs.

Se seguir a tendência dos últimos leilões, com participação muito elevada, podemos ter um dia bom para o dólar; por sinal, leilão de rolagem de até 15 mil contratos de swap (US$ 750 milhões) do Banco Central também ajudaria nesse sentido.

Por fim, na CPI da Covid, os depoimentos da semana têm sido bem decepcionantes até aqui, com Pazuello comparecendo em um segundo dia de depoimento hoje – as contradições do ex-ministro deixaram os senadores irritados.

O número de casos de Covid-19 e a questão da investigação contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também podem provocar algum agito nos próximos dias.

Não tão expansionista em breve

A ata do Federal Reserve (Fed) discutiu a possibilidade de a autoridade ingressar no chamado “Time Taper” em uma reunião futura – o termo Taper Tantrum refere-se ao pânico coletivo de 2013 que desencadeou uma alta nos rendimentos do Tesouro dos EUA, depois que os investidores descobriram que o Federal Reserve estava lentamente colocando os freios em seu programa de flexibilização quantitativa (QE).

Isto é, como era de se esperar, o tom mais “hawkish” (contracionismo monetário) dos países desenvolvidos começará pelos programas de compra de ativos e não com movimentações na taxa de juros. Claro, tal sugestão nos indica que o Fed realmente está mais confiante na recuperação econômica americana.

Note que ele não anunciou a redução nem contratou uma para as próximas reuniões, negativo. Apenas abriu uma janela para poder voltar a discuti-la em futuras oportunidades.

Se a economia se recuperar e o crescimento for norteado por poupança dos consumidores, haverá queda pela demanda da liquidez proporcionada pela autoridade.

Em sendo o caso, se a demanda por liquidez diminuir, a oferta de liquidez também pode e deverá diminuir. Isso não alivia a reação do mercado, que está sensibilizado e, de certo modo, viciado em liquidez.

Para baixo dos US$ 40 mil, mas por quanto tempo?

Todo mundo está falando da queda dos preços das criptos. Quem acompanha o Transparência Radical sabe que também estamos de olho na performance dos preços.

Nas últimas semanas, o bitcoin caiu de mais de US$ 64 mil (máxima histórica de US$ 64.895,22 em 14 de abril) para a faixa dos US$ 39 mil (40% abaixo de seu pico) – assim, o bitcoin caiu abaixo até mesmo de sua média móvel de 200 dias.

Os grandes negócios de 2020 estão se desfazendo? Os vencedores populares de antigamente, incluindo ações de crescimento e criptomoedas, estiveram sob pressão nos últimos meses e semanas, à medida que o dinheiro continua indo para outro lugar.

Embora tenha havido uma rotação para reabertura e peças cíclicas, bem como nomes mais estáveis, várias manchetes abalaram o universo das moedas digitais nos últimos dias.

Em primeiro lugar, tivemos as preocupações ambientais provocadas por Elon Musk e Tesla decidindo não receber pagamentos em bitcoin. Em segundo, o Banco Popular da China proibiu as instituições financeiras de facilitar as transações de criptomoedas.

Os investidores devem entender que o bitcoin, por enquanto, ainda tem uma natureza altamente especulativa, o que é um banho de água fria nos entusiastas que contam os dias para que a moeda seja aceita em compras normais.

É difícil aceitar como moeda algo que perde quase metade do seu valor em 30 dias.

Ainda assim, consideramos a tecnologia do mercado muito promissora e dificilmente esta correção será o fim da festa, apesar de ter acendido um sinal amarelo para quem está sobrealocado na posição – quem está com uma posição responsável (até 2% do patrimônio), como gostamos de ver por aqui, tem menos com o que se preocupar.

Anote aí!

No exterior, contamos com os dados da OCDE sobre o PIB do primeiro trimestre.

Christine Lagarde, presidente do BCE, participa de evento e qualquer comentário sobre a política monetária poderá ser acompanhado, assim como tem sido no caso do Fed.

Nos EUA, pedidos iniciais de auxílio-desemprego provavelmente receberão atenção após o último relatório de empregos, com os mercados tentando prever quando os EUA vão normalizar o processo de crescimento.

Por fim, a África do Sul, membro dos Brics, comunidade da qual nós brasileiros fazemos parte, divulga sua decisão de política monetária.

No Brasil, digestão da aprovação da MP da Eletrobras, continuidade da CPI da Covid e dados da arrecadação federal em abril podem ser os agitos de hoje do mercado, já tendo mencionado acima os leilões do dia.

Indicador de estoque da indústria em abril e indicador de emprego e utilização da capacidade instalada também chamam atenção. Por último, pela manhã, o Banco Central divulga o primeiro Relatório de Economia Bancária (REP), que deverá falar sobre o PIX o novo meio de pagamento brasileiro.

Muda o que na minha vida?

Do preço das ações ao das moedas digitais, não é segredo que os mercados continuam a parecer extremamente agitados.

As correções recentes dos ativos de risco, muito por conta do temor inflacionário, e a queda do bitcoin, tendo encostado nos US$ 30,2 mil ontem, na mínima do dia (menos da metade do pico de US$ 64,8 mil), vêm dando sinais de preocupação aos investidores.

Os mais ansiosos já começam a dizer alvoroçadamente, sem um pingo de materialidade, que uma suposta bolha estaria estourando.

Não entendemos como sendo o caso.

Os movimentos recentes, porém, têm servido de justificativa para os investidores considerarem retirar o dinheiro da mesa, evitando a exposição excessiva a um potencial crash, o que amplifica o movimento de venda, claro.

Mas note que não necessariamente qualquer bolha e, mesmo se houvesse, o que aconteceria se optássemos por continuar investindo nelas?

No caso das ações, por exemplo, compra em excesso joga os múltiplos para as alturas, antecipando o crescimento.

Valuations esticados são bastante comuns e às vezes podem durar “muitos anos”.

Além disso, 80% dos mercados caros que quebram de forma espetacular voltam a atingir novas máximas – como nos casos das correções bruscas das Bolsas internacionais.

Logo, preços elevados podem ser apenas o resultado de investidores superexcitados que estão olhando para perspectivas de crescimento; afinal, os mercados estão sempre voltados para o futuro e às vezes olham longe demais.

Fique de olho!

O preço do minério de ferro vem batendo recorde atrás de recorde nas últimas semanas, o que é uma notícia empolgante para os investidores do segmento.

Não bastasse isso, a Vale S.A., companhia mais valiosa da América Latina atualmente, foi uma das responsáveis pelo Ibovespa voltar a operar no azul essa semana.

O que comprova que a empresa tem seguido ritmo de crescimento acelerado no mercado de ações.

Inclusive, o gráfico abaixo, que compreende a performance dos ativos da companhia entre 20 de maio de 2016 e 14 de maio de 2021, não deixa nenhuma dúvida sobre esse fato:

Foram incríveis 682,45% de retorno bruto de impostos nos últimos 5 anos.

É por tudo isso que a gente não pode deixar de te oferecer uma oportunidade de buscar lucros com a Vale através de um investimento imperdível: suas debêntures participativas.

Que são títulos de crédito com características de Renda Fixa e de Renda Variável. O que significa um misto entre a obrigatoriedade do pagamento de um cupom semestral aos seus detentores e da variação do prêmio pago aos debenturistas conforme a performance das principais minas de minério da Vale.

Como os títulos da Vale não possuem cupom fixo, o pagamento a seus detentores é de um dividendo igual a 1,8% da receita líquida de minério de ferro, 1,25% da receita líquida de cobre, ouro e subprodutos e 1% dos demais minerais.

Receita essa calculada em dólares primeiramente e só então convertida em reais, para distribuição aos seus investidores.

Caso você se interesse pelas debêntures da Vale, já vale darmos o aviso: a Vitreo é a única plataforma de investimentos que oferece esse ativo de maneira muito acessível para o varejo, sem a necessidade do intermédio de um agente autônomo, mesa de negociação ou coisa do gênero.

Tudo o que você precisa fazer é transferir o valor desejado para a compra das debêntures em nossa plataforma, sendo o seu mínimo inicial R$15 mil.

Fora de nossa casa, o que vemos sendo praticado pelo mercado é o valor inicial mínimo de investimento em torno de R$100 mil.

Com tantos pontos positivos, a gente não pode deixar de reforçar o nosso convite para que você conheça melhor as debêntures participativas da Vale, lendo seu regulamento completo e conhecendo todas as condições para a sua contratação.

Temos certeza de que essa oportunidade pode fazer muita diferença para o seu portfólio.

[Eu quero comprar as debêntures da Vale S.A.]

Atenção:

Retornos passados não garantem retornos futuros

O produto não oferece qualquer garantia de retorno

Um abraço,

Jojo Wachsmann

CIO e sócio fundador da Vitreo
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
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