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Preço da gasolina vai aumentar com guerra na Ucrânia? Petrobras (PETR4) responde

24 fev 2022, 15:21 - atualizado em 24 fev 2022, 15:28
Gasolina
Última vez que Petrobras aumentou o preço da gasolina foi em 12 de janeiro. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A Petrobras (PETR4) ainda não é taxativa sobre uma eventual alta do preços dos combustíveis por causa da guerra entre a Rússia e Ucrânia. O petróleo tipo Brent, usado como referência pela estatal, escalou 7% nesta quinta-feira (24).

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“A gente enxerga impacto muito forte na volatilidade dos preços do mercado, mas esses preços ainda não se estabilizaram”, disse o diretor-executivo de comercialização e logística da empresa, Cláudio Mastella, em coletiva de imprensa nesta quinta.

“Grande parte dos atores está observado e tentando avaliar a estabilização”, comentou.

Para o executivo da Petrobras, até o momento a crise está restrita a região da guerra. No entanto, ele disse que a estatal segue monitorando a evolução do conflito.

“A gente não vê impacto na segurança de atendimento no Brasil, que é mais afetado no refino e, em pequena parte, na importação”, disse.

A última vez que Petrobras aumentou o preço da gasolina foi em 12 de janeiro. Na ocasião preço médio de venda da gasolina da estatal para as distribuidoras passou de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro.

O reajuste para cima dos preços tende a afetar negativamente o consumidor, enquanto que pode implicar em mais caixa para a Petrobras – e consequentemente mais dividendos para os seus acionistas, incluindo o governo.

Preços da gasolina inalterados

Mais cedo, Mastella já havia comentado em teleconferência com analistas que a desvalorização do dólar frente ao real tem permitido que a empresa mantenha os valores médios de gasolina e diesel inalterados em suas refinarias.

A decisão, destacou, acontece apesar de um avanço das cotações do barril do petróleo no exterior.

“Com relação a defasagem, em função de diversas tensões geopolíticas, a gente tem observado elevação dos preços nas ultimas semanas e, em paralelo o dólar foi desvalorizando”, afirmou o executivo da Petrobras.

“Com esses dois movimentos, em contraposição, a gente pôde manter nossos preços”.

No entanto, o petróleo Brent superou a marca de 100 dólares o barril pela primeira vez desde 2014 nesta quinta, após a Rússia avançar na Ucrânia. O dólar subia 2,84% durante a tarde, a R$ 5,1518. 

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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