Petróleo sobe mais de 2% com prazo dado pelos EUA para que Rússia chegue a acordo de cessar-fogo com Ucrânia

O preço do petróleo fechou em alta superior a 2% nesta segunda-feira (28), com as novas tensões geopolíticas e avanços diplomáticos envolvendo grandes potências.
Por volta das 16h (horário de Brasília), os contratos mais líquidos do Brent, referência internacional de preços, avançavam 2,45%%, a US$ 69,32 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já o contrato do WTI, referência no mercado dos Estados Unidos, para agosto tinha alta de 2,37%, a US$ 66,71 o barril na New York Mercantil Exchange (Nymex).
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O avanço da commodity foi impulsionada por uma fala do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou que reduzirá para até 12 dias o prazo para que a Rússia chegue a um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia, sob ameaça de novas sanções.
Trump endureceu o tom com Moscou ao dizer que imporá sanções secundárias caso não haja avanço para uma interrupção dos conflitos. A resposta veio de Dmitry Medvedev, vice-chefe do Conselho de Segurança da Rússia, que classificou a fala como uma “ameaça de guerra”.
Na visão dos analistas, uma eventual restrição severa às exportações de energia russas elevaria ainda mais os preços globais do setor. A Rússia, por sua vez, já restringiu as exportações de gasolina até o fim de agosto, após um aumento na demanda interna e dificuldades operacionais geradas por ataques com drones e sanções ocidentais, segundo a Bloomberg.
A commodity também encontrou apoio no pacto firmado entre EUA e União Europeia. O bloco europeu se comprometeu a investir US$ 600 bilhões na economia norte-americana até o fim do mandato de Trump, e comprar US$ 750 bilhões em energia até 2028.
Outro ponto no radar dos investidores foi o encontro entre autoridades americanas e chinesas em Estocolmo. “Gostaria que a China abrisse o país”, declarou Trump, ao comentar as negociações com Pequim.