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Preços de ações e bonds da Telecom Italia caem após Moody’s rebaixar rating

22 jul 2022, 10:31 - atualizado em 22 jul 2022, 10:31
Os rendimentos dos bonds da empresa – que se movem inversamente ao preço – subiram ao longo da curva, com o título de vencimento em janeiro de 2033 rendendo 7,2% (Imagem: divulgação)

As ações e os preços de bonds da Telecom Italia caíram nesta sexta-feira depois que a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota de crédito do grupo pela segunda vez em quatro meses, derrubando ainda mais o rating da companhia – que já estava no chamado grau especulativo (“junk”).

A Moody’s cortou na quinta-feira o rating da Telecom Italia para ‘B1’ e reiterou perspectiva negativa, citando expectativas de que a alavancagem do grupo permaneça alta e o fluxo de caixa livre siga negativo nos próximos dois a três anos.

“O ambiente macroeconômico se deteriorou desde que rebaixamos o rating para Ba3 em março, reduzindo a visibilidade do desempenho operacional da Telecom Italia e sua esperada trajetória de desalavancagem”, disse a Moody’s.

As ações da Telecom Italia caíram nesta sexta-feira até 2,3%, para 0,2153 euro cada, perto de um piso histórico atingido na quinta-feira.

Os rendimentos dos bonds da empresa – que se movem inversamente ao preço – subiram ao longo da curva, com o título de vencimento em janeiro de 2033 rendendo 7,2%, acima dos 6,995% no fechamento anterior.

Com receitas e margens sob pressão há anos no competitivo mercado italiano, a Telecom Italia trabalha em uma reestruturação que tem como base a cisão de partes de seus negócios, enquanto se esforça para levantar caixa e reduzir dívida.

O plano depende principalmente de um potencial acerto com o banco estatal CDP, que quer fundir a infraestrutura de rede da Telecom Italia com a de sua rival Open Fiber para criar uma rede nacional unificada sob controle estatal.

O CDP, que é a segundo maior acionista da Telecom Italia, detém também 60% da Open Fiber.

A Telecom Italia e o CDP fecharam um acordo preliminar em maio e pretendem chegar a um acordo vinculante até outubro.

Mas analistas alertaram que o colapso do governo local e as eleições antecipadas podem dificultar as negociações, que são delicadas por questões de avaliação financeira dos ativos e regulamentação.

Uma pessoa familiarizada com o assunto disse que o CDP poderia apresentar uma proposta não vinculante no final de agosto.

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