Cidades

Prefeito do Rio pede à população que evite aglomerações no carnaval

05 fev 2021, 15:46 - atualizado em 05 fev 2021, 15:46
Eduardo Paes
Segundo Paes, a Secretaria Municipal de Ordem Pública tem fiscalizado e apurado as denúncias de festas clandestinas e aglomerações em bares (Imagem: Ricardo Cassiano/Prefeitura do Rio)

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, fez um apelo à população para que colabore com o combate ao novo coronavírus na cidade, especialmente, no período de carnaval, que este ano não terá desfiles de blocos de rua e de escolas de samba, para evitar a disseminação do vírus. 

Em coletiva para apresentação do quinto mapa epidemiológico da cidade, Paes agradeceu à Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa) e às diversas associações de blocos de rua que tomaram iniciativa na semana passada de se manifestar pela não realização do carnaval em 2021, com a confirmação de que não participariam de aglomerações e festas na cidade.

Segundo Paes, a Secretaria Municipal de Ordem Pública tem fiscalizado e apurado as denúncias de festas clandestinas e aglomerações em bares. O prefeito pediu que a população não compre ingressos que estão sendo oferecidos na internet e garantiu que essas festas não vão ocorrer.

“Vocês têm enorme possibilidade de perder o dinheiro que vão gastar comprando esses ingressos. Essas festas não vão acontecer. Estamos monitorando as redes sociais dos sites conhecidos de venda de ingresso. Não vamos permitir que essas festas aconteçam. Desculpe a expressão chula, não sejam otários para dar dinheiro para quem não vai entregar o produto que está vendendo. A prefeitura vai agir”, enfatizou.

O prefeito acrescentou que os cuidados para evitar a disseminação do vírus precisam continuar. “Todos estamos tristes em não poder pular o carnaval. Falo isso com dor no coração e pessoalmente, mas temos que manter este cuidado. A boa notícia aqui é que todos os dados de número de óbitos, de internações, de fila de espera, tudo caiu. A situação está melhorando na cidade”.

Paes acrescentou que, mantido o cronograma de vacinação e a redução do impacto da doença na capital, será possível afrouxar um pouco as medidas de restrição. Conforme afirmou, a prefeitura quer continuar evitando adotar medidas radicais que, segundo ele, resultam no cerceamento do lazer das pessoas e no fechamento de comércio.

“Vamos agir muito forte para impedir que as pessoas se matem, já que com algumas pessoas irresponsáveis, a gente tem que estar de babá, para impedir que elas se matem e, pior, matem os outros”, apontou.

O secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, agradeceu às denúncias feitas pela população sobre organizações de festas e luais, o que, segundo ele, ajuda a prefeitura no monitoramento. “As festas vêm sendo divulgadas, obviamente, exigem estratégias para mudar os locais. A gente faz um trabalho de inteligência para monitorar essa situação”, disse.

Carnaval 8
O secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, agradeceu às denúncias feitas pela população sobre organizações de festas e luais (Imagem: Agência Brasil/Fernando Frazão)

Sobre as festas anunciadas para os próximos dias no Arpoador, na zona sul do Rio, o prefeito disse que a única aglomeração lá será da Guarda Municipal e das autoridades públicas proibindo este tipo de ação.

Decreto

Para evitar aglomerações, a prefeitura publicou hoje (5), no Diário Oficial, decreto que proíbe concentrações e desfiles de blocos e de escolas de samba na cidade entre os dias 12 e 22 deste mês.

Quem desobedecer às determinações pode ter os instrumentos e equipamentos recolhidos pela fiscalização da Secretaria de Ordem Pública e até o fechamento de estabelecimentos que insistirem em promover as festas e fazer aglomerações.

O decreto impede também a entrada na cidade de ônibus e de veículos de fretamento no mesmo período. A medida não se aplica aos ônibus de turismo que comprovem o transporte de passageiros hospedados e funcionários na rede hoteleira do Rio.

Estão suspensas também as concessões de licenças temporárias para ambulantes venderem produtos nas ruas, como ocorre em outros carnavais.

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