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Prêmios da soja tendem a cair no Brasil e EUA a partir de outubro e os chineses sabem disso

27 ago 2021, 10:43 - atualizado em 27 ago 2021, 10:52
milho
Soja ficará mais competitiva para os chineses voltarem às importações a partir de setembro (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Pela lógica, os prêmios nos portos para a soja brasileira tenderão a cair a partir de outubro. O grão ficará mais competitivo, mas também nos Estados Unidos acontecerá o mesmo. E os chineses estão esperando essa confluência de soja mais barata.

No Brasil, o prêmio para setembro está em torno dos 160 pontos e da soja nova já se negocia entre 80 e 90 e deverá cair mais com o andamento do plantio, que começa entre 10 e 15 de setembro.

Em paralelo, lembra o analista Vlamir Brandalizze, o produto americano já está cada vez mais barato, em torno de 120. “Rondou os 140 pontos e vai perdendo com a finalização das condições das lavouras”, diz.

E certamente cairá mais quando a colheita americana avançar, em outubro. Mesmo que seja uma safra menor, ainda assim é volume chegando ao mercado, como observa o trader Marlos Correa, da InSoy Commodities.

Nessa transição, o clima no Brasil também influenciará. Se for favorável, a China deverá trabalhar as compras entre US$ 12 a US$ 12,50 o bushel, estima Brandalizze, que vê os “mandantes da soja no mundo comprando da mão para a boca agora e só esperando”.

Ou seja, soja americana na praça e desenvolvimento bom da brasileira, o mercado de prêmio tenderá a cair, explica ele.

Mesmo porque já se aguarda que a safra 21/22 será boa, acima de 45 milhões de hectares e na base de 140 milhões de toneladas, na média de algumas estimativas.

O que pode contar a favor do produtor brasileiro é a demanda interna das indústrias, acredita Marlos Correa.

De todo modo, saca de soja a R$ 180 no interior do Paraná, nunca mais, acrescenta o dono da InSoy.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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