Economia

Boas e más notícias: 3 temas que vão ditar 2026, segundo JPMorgan

20 nov 2025, 10:59 - atualizado em 20 nov 2025, 10:59
2026
(Imagem: Pixabay)

A poucos meses de 2026, analistas e economistas se debruçam sobre o que esperar para o próximo ano, após um 2025, digamos, caótico, marcado por tensões entre potências econômicas e incertezas generalizadas.

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Em relatório, o JPMorgan traz algumas notícias boas — como o avanço da Inteligência Artificial, que promete reduzir custos e elevar a produção — e outras nem tanto, como a velha e persistente inflação.

Veja a seguir:

IA com mais força

A Inteligência Artificial deve ganhar ainda mais força no próximo ano, prevê o JPMorgan. Segundo os economistas do banco, a tecnologia terá capacidade para revolucionar setores inteiros.

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Os benefícios serão muitos, entre eles o aumento da produtividade, que poderá, inclusive, ter impacto significativo no mercado de trabalho.

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Apesar disso, o JPMorgan alerta que os investimentos pesados no setor também alimentam especulações sobre uma possível bolha.

Segundo o relatório, as grandes empresas de tecnologia dos EUA triplicaram seus investimentos anuais de capital: de US$ 150 bilhões em 2023 para uma projeção de US$ 500 bilhões ou mais em 2026, com aportes em IA contribuindo mais para o crescimento do PIB americano do que o consumo neste ano.

“Apesar desse crescimento, o investimento em IA ainda representa menos de 1% do PIB, e apenas uma empresa planeja construir data centers com mais de 25 gigawatts de capacidade, o que representa mais de US$ 1 trilhão em despesas de capital nos próximos anos”, destaca Jacob Manoukian, diretor de Estratégia de Investimentos dos EUA.

Sitara Sundar, diretora global de Estratégia de Investimentos Alternativos, afirma que a próxima onda de criação de valor em IA — incluindo sistemas autônomos, aplicações industriais e softwares habilitados por IA — ainda está em desenvolvimento, principalmente nos mercados privados.

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“Para capturar esse potencial e gerenciar riscos, os investidores devem navegar com cautela, priorizando a seleção de gestores e o acesso em um setor cada vez mais competitivo.”

Cada um no seu quadrado

Outro alerta do JPMorgan é que o mundo está cada vez menos globalizado, em meio a políticas protecionistas.

Nesse contexto, novos blocos econômicos e mudanças em segurança, comércio e câmbio exigem dos investidores resiliência e diversificação estratégica.

Na Europa, políticas fiscais ambiciosas e o aumento dos gastos em defesa impulsionam o crescimento econômico regional, criando um ambiente favorável para quem busca oportunidades locais.

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O continente acelera investimentos diante do aumento das tensões com a Rússia e da diminuição da ajuda dos Estados Unidos aos aliados europeus.

“A resposta da Europa a esta nova era é decisiva, marcada pelo ambicioso estímulo fiscal alemão e pelo aumento dos gastos em defesa, o que deverá impulsionar as perspectivas de crescimento na região”, destaca Erik Wytenus, diretor de Estratégia de Investimentos para Europa, Oriente Médio e África.

Ele acrescenta que os mercados privados europeus apresentam um vasto conjunto de oportunidades frequentemente negligenciadas por investidores globais, já que “97% das empresas europeias com receita acima de € 100 milhões são privadas”.

Oportunidades na América Latina e na Ásia

A América Latina também surge como polo estratégico, segundo o JPMorgan. Com 40% da produção mundial de cobre e 38% das reservas globais, além de infraestrutura logística bem estabelecida, a região está posicionada para atrair investimentos relevantes.

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“A América Latina é uma força indispensável nas cadeias de suprimentos globais e na transição energética, alimentando o futuro da indústria e da IA”, afirma Nur Cristiani, diretor de Estratégia de Investimentos para a América Latina.

Com os bancos centrais próximos do fim dos ciclos de flexibilização monetária, as perspectivas para moedas e crescimento são encorajadoras tanto no curto quanto no longo prazo.

Na Ásia, o aumento do superávit comercial da China e o fortalecimento dos laços com o Sudeste Asiático ampliam a influência global da região, enquanto a inovação tecnológica impulsiona setores estratégicos.

“Vemos oportunidades de destaque em toda a Ásia — principalmente na Índia e nos setores de tecnologia e exportação de Taiwan — impulsionadas pelo seu crescimento independente”, afirma Grace Peters, codiretora de Estratégia de Investimento Global no J.P. Morgan Private Bank.

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Inflação, o velho inimigo

Se a IA é o tema da vez para investidores, um velho inimigo continua presente: a inflação. Desde 2022, a escalada dos preços — combinada a países cada vez mais endividados — mudou completamente o cenário de investimentos.

“O impacto gradual, mas significativo, da inflação é agora central para o desempenho das carteiras de longo prazo, exigindo atenção a fatores estruturais como capacidade produtiva.”

Para o JPMorgan, os títulos seguem essenciais na construção de portfólios, mas é preciso ir além da renda fixa tradicional para enfrentar a inflação persistente e a volatilidade das taxas.

“Complementar títulos com commodities, ativos reais e fundos de hedge não correlacionados proporciona diversificação e proteção em um contexto de inflação elevada.”

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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