Presidente da Embrapa vê COP30 como oportunidade para a agropecuária brasileira

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, acredita que a COP30 representa uma oportunidade para a agropecuária brasileira.
Em painel sobre a segurança alimentar no Global Agribusiness Festival (GAFFFF), Massruhá destacou o momento de transição do sistema agroalimentar, que busca aumentar a produtividade de forma sustentável.
“A COP30 marca o início de uma nova era que podemos implementar na agropecuária brasileira. Não podemos perder essa oportunidade”, disse.
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A transição a que a presidente se refere é vista pela Embrapa como um terceiro momento na trajetória da agricultura brasileira. Após momentos de expansão e fomento à competitividade, agora é a hora da sustentabilidade.
Segundo Massruhá, a instituição tem incentivado projetos de bioeconomia e biotecnologia, agricultura de baixo carbono e automação via inovações em inteligência artificial (IA).
A presidente também destacou a importância do Sistema Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), considerado um “modo de aumentar produtividade sem derrubar nenhuma árvore”.
Produção de alimentos no Brasil
Junto dela, estiveram Guilherme Bastos, coordenador do FGV Agro, Gustavo Herrmann, diretor comercial da Koppert, Gabriel Garcia Cid, presidente da Abcz e a moderadora Maria Siqueira, diretora do Pacto contra a Fome.
O GAFFFF ocorre no Allianz Parque, em São Paulo, organizado pela Datagro e apresentado pela XP Investimentos e Corteva Agriscience.
Segundo Bastos, a discussão entre produção de alimentos orgânicos e transgênicos não pode existir quando o foco é segurança alimentar, já que ambos têm seu papel. Além disso, afirmou que a agricultura familiar precisa ser fortalecida.
“Temos que manter a competitividade dos grandes proprietários e trazer os pequenos, integrando eles a cadeia produtiva. As políticas públicas de execução tem que ter esse foco, para garantir a renda para os produtores e a geração de excedente para a segurança alimentar global”, afirmou.
Já Hermann, da Koppert, defendeu a redução do uso de agroquímicos, que podem comprometer a qualidade do solo e da produção de alimentos no longo prazo.
De acordo com o diretor comercial, a Koppert abastece 90% do território brasileiro em defensivos biológicos, vistos como uma alternativa ao uso excessivo dos químicos.
Cid, da Abcz — Associação Brasileira dos Criadores de Zebu — comentou sobre a importância de investimentos em infraestrutura para que o Brasil alimente bem a sua população e consiga exportar o excedente.
Em relação à COP30, ele fez uma defesa dos protocolos ambientais brasileiros. “Temos que sair da defensiva e desafiar o mundo a preservar, como o Brasil faz por meio do Código Florestal.
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