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Produção siderúrgica do Brasil cai em maio sobre um ano antes

20 jun 2022, 17:06 - atualizado em 20 jun 2022, 17:06
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A produção de aço de maio, de 2,972 milhões de toneladas, ficou praticamente estável frente a abril, mas caiu 4,9% na comparação anual (Imagem: REUTERS/Tyrone Siu)

O volume de aço produzido no Brasil em maio voltou a registrar queda na comparação anual, puxado por recuo de mais de 22% em aços planos, segmento tem entre os principais consumidores as indústrias automotiva e de bens de consumo.

A produção de aço de maio, de 2,972 milhões de toneladas, ficou praticamente estável frente a abril, mas caiu 4,9% na comparação anual, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Aço Brasil, entidade que reúne siderúrgicas do país.

A produção de laminados planos desabou 22,6% em maio sobre um ano antes, acumulando queda de 9,7% nos cinco primeiros meses do ano frente o mesmo período de 2021.

A Usiminas (USIM5), um dos principais produtores de aços planos do país, adiou em abril em dois meses conclusão de reparo de alto-forno de sua usina em Ipatinga (MG).

O equipamento foi paralisado em setembro passado após um acidente.

Já o volume produzido no Brasil de aços longos, usados na construção civil, caiu 10% em maio sobre o mesmo mês do ano passado, mostrando queda de 6,7% no acumulado.

Coincidentemente, as vendas de cimento, outro insumo do setor de construção, também mostraram queda em maio, segundo dados do sindicato de fabricantes do insumo, Snic, divulgados no início deste mês.

Segundo o Aço Brasil, as vendas de aço no mercado interno em maio caíram 13,4% ante o mesmo mês de 2021, para 1,824 milhão de toneladas, avançando 3,5% ante abril deste ano.

No acumulado de janeiro a maio, as vendas mostram retração de 14,7% sobre um ano antes.

O consumo aparente de aço, que considera vendas internas de itens produzidos no país e importações, recuou 15,7% no mês passado ante maio de 2021, para 2,1 milhões de toneladas.

No ano, o indicador está negativo em 14,6%, a 9,8 milhões de toneladas.

As importações, que têm sido afetadas por volatilidade nos preços internacionais e no câmbio, além de problemas na oferta logística, despencaram cerca de 50% em maio, para 276 mil toneladas, segundo os dados do Ministério da Economia compilados pelo Aço Brasil.

Mas as exportações de aço do Brasil dispararam 43%, para 1,06 milhão de toneladas em maio contra o mesmo período de 2021, acumulando no ano até o mês passado alta de 32,4%, para 5,6 milhões de toneladas.

Em um sinal de impactos da guerra na Ucrânia, as exportações de aço do Brasil para a União Europeia dispararam para 146 mil toneladas em maio ante pouco menos de 5 mil toneladas em igual mês de 2021.

Além da região, as vendas externas de produtos siderúrgicos brasileiros cresceram quase que três vezes para a América Latina em maio na comparação anual, para 377 mil toneladas.

Mas para os Estados Unidos, principal mercado para o aço brasileiro, as vendas externas do Brasil recuaram 14,7% em maio sobre um ano antes, a 467 mil toneladas, exibindo retração no acumulado do ano até o mês passado.

O recuo nas vendas para os EUA ocorreu em um momento em que a indústria siderúrgica brasileira tenta convencer autoridades norte-americanas a flexibilizarem cotas de importação de aço do Brasil impostas durante o governo de Donald Trump, em 2018.

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