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Produtores de potássio veem forte demanda por fertilizantes, mas controlam oferta

18 fev 2021, 17:45 - atualizado em 18 fev 2021, 17:45
Acreditamos que esteja ocorrendo uma recuperação cíclica na agricultura (Imagem: Pixabay)

As vendas globais de fertilizantes à base de potássio deverão atingir níveis recordes neste ano, impulsionadas pela alta nos preços dos produtos agrícolas, mas fabricantes do insumo na América do Norte têm mantido um controle sobre as ofertas.

A canadense Nutrien e a norte-americana Mosaic se beneficiaram à medida que os preços de milho, soja e canola atingiram máximas de vários anos, ajudados pela forte demanda chinesa.

“Acreditamos que esteja ocorrendo uma recuperação cíclica na agricultura”, disse o presidente-executivo da Nutrien, Chuck Magro, durante uma conferência.

Com o aumento nos preços das safras, os agricultores têm maior incentivo para aplicar fertilizantes e maximizar os rendimentos.

A Nutrien espera que os Estados Unidos plantem a maior área com milho em cinco anos, de 91 milhões a 93 milhões de acres (36,8-37,6 milhões de hectares), e também vê aumentos nas semeaduras de soja nos EUA e de canola no Canadá.

A demanda global por potássio tende a atingir neste ano um recorde de 68 milhões a 70 milhões de toneladas, disse a Nutrien, maior produtora global em termos de capacidade.

A empresa afirmou que poderia restaurar 6 milhões de toneladas de capacidade ociosa anual se os preços justificassem a mudança, mas publicou um “guidance” estável para os volumes de vendas de potássio neste ano.

Na Mosaic, o CEO Joc O’Rourke disse que não há planos para que a mina de Colonsay seja retirada de hibernação. Por outro lado, a mina de Saskatchewan K3 está programada para mais do que dobrar a produção nesta temporada, após um projeto de expansão que durou vários anos.

Já a suíça EuroChem está aumentando sua produção, mas acabou sofrendo com atrasos, segundo a BMO.

Embora os preços do potássio estejam em alta nos EUA e no Brasil, recentemente a estatal bielorrussa Belaruskali fechou contratos de fornecimento para China e Índia a preços que a Nutrien classificou como abaixo do valor de mercado.

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