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Proibição de exportação de óleo de palma da Indonésia deixa compradores sem plano B

25 abr 2022, 9:32 - atualizado em 25 abr 2022, 9:32
A medida do maior produtor de óleo de palma do mundo forçou os compradores a buscar alternativas, que já estão em falta devido ao clima adverso e à invasão da Ucrânia pela Rússia (Imagem: REUTERS/Roni Bintang)

Consumidores globais de óleo comestível não têm outra opção a não ser pagar mais caro pelo fornecimento do produto depois da surpreendente proibição de exportação de óleo de palma pela Indonésia.

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A medida do maior produtor de óleo de palma do mundo forçou os compradores a buscar alternativas, que já estão em falta devido ao clima adverso e à invasão da Ucrânia pela Rússia.

A decisão da Indonésia de proibir as exportações a partir de quinta-feira elevará os preços de todos os principais óleos comestíveis, incluindo óleo de palma, óleo de soja, óleo de girassol e óleo de colza, preveem especialistas da indústria.

Isso colocará uma pressão extra sobre os consumidores sensíveis aos custos na Ásia e na África, atingidos pelos preços mais altos de combustíveis e alimentos.

“A decisão da Indonésia afeta não apenas a disponibilidade de óleo de palma, mas também óleos vegetais em todo o mundo”, disse à Reuters James Fry, chairman da consultoria de commodities LMC International.

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O óleo de palma –usado em vários produtos, desde bolos e gorduras de fritura a cosméticos e produtos de limpeza — responde por quase 60% dos embarques globais de óleo vegetal, e a Indonésia corresponde a cerca de um terço de todas as exportações de óleo vegetal. O país anunciou a proibição de exportação em 22 de abril, em um movimento para combater o aumento dos preços domésticos.

“Isso está acontecendo quando as exportações de todos os outros principais óleos estão sob pressão: óleo de soja devido às secas na América do Sul; óleo de colza devido às colheitas desastrosas de canola no Canadá; e óleo de girassol por causa da guerra da Rússia na Ucrânia”, disse Fry.

Os preços do óleo vegetal já subiram mais de 50% nos últimos seis meses, devido à escassez de mão de obra na Malásia a secas na Argentina e no Canadá –maiores exportadores de óleo de soja e óleo de canola, respectivamente –, que reduziram a oferta.

Compradores esperavam que uma safra abundante de girassol na Ucrânia aliviasse o aperto, mas os fornecimentos de Kiev pararam por causa do que a Rússia chama de “operação especial” no país.

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Isso levou os importadores a apostar no óleo de palma, capaz de preencher a lacuna de oferta, até que a proibição de choque da Indonésia trouxe um “golpe duplo” aos compradores, disse Atul Chaturvedi, presidente do órgão comercial da Associação de Extratores de Solventes da Índia (SEA).

Nenhuma alternativa

Importadores como Índia, Bangladesh e Paquistão tentarão aumentar as compras de óleo de palma da Malásia, mas o segundo maior produtor de óleo de palma do mundo não pode preencher a lacuna criada pela Indonésia, disse Chaturvedi.

A Indonésia normalmente fornece quase metade das importações totais de óleo de palma da Índia, enquanto o Paquistão e Bangladesh importam quase 80% de seu óleo de palma da Indonésia.

“Ninguém pode compensar a perda de óleo de palma da Indonésia. Todo país vai sofrer”, disse Rasheed JanMohd, presidente da Associação de Refinadores de Óleo Comestível do Paquistão (PEORA).

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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