Finanças Pessoais

Quais ações comprar para investir no futuro dos filhos? Veja as oportunidades

12 out 2023, 15:55 - atualizado em 12 out 2023, 15:55
ações para investir no futuro dos filhos
Atualmente, cerca de 72% dos pais não estão investindo no futuro das crianças. (Imagem: Charliepix)

Cerca de 72% dos pais não fazem nenhum investimento para o futuro de seus filhos hoje. O dado é da pesquisa “Finanças para os Filhos: Dinheiro é Coisa de Adulto?”, realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box como uma forma de “campanha” para o dia das crianças.

Pensando em mudar o rumo desta história, especialistas na área de investimentos analisaram as oportunidades que o mercado de capitais podem oferecer para que o futuro desta nova geração que está chegando.

Segundo eles, não é preciso colocar tudo em renda fixa se a ideia é “tentar correr atrás do prejuízo”.

Quais investimentos fazer?

“É possível considerar como boas alternativas as ações, renda fixa de longo prazo indexadas à inflação e fundos de ações ou de participações em empresas”, aponta Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, como opções para os pais.

Cunha avalia que antes de tudo é necessário alinhar o objetivo e o prazo de cumprimento para que a estratégia seja adaptada a meta que deseja ser atingida.

Ele reitera que considera como ideal para aplicações em renda variável um prazo mínimo de 5 anos. Em cenários com menor tempo disponível para volatilidade da carteira, a renda variável deve ser apenas 20% do portfólio.

Pensando nisso, uma opção destacada pelo CEO são os dividendos e os fundos imobiliários para que esses investimentos potencializem os retornos da carteira.

“Recomenda-se “reinvestir” 100% dos rendimentos recebidos na conta para comprar mais ações ou cotas de FIIs, desta forma, o montante pago em rendimentos irá crescer a nível exponencial”, diz.

Quais as melhores oportunidades na bolsa?

Luís Moran, head da EQI Research, acredita que as melhores oportunidades estão nas empresas que estão inseridas na economia global, preferencialmente com algum destaque regional, e que possuem vantagens comparativas defensáveis, ou seja, uma geografia privilegiada, ou alguma característica operacional ou produtiva.

Sendo assim ele destaca como bons exemplos a Minerva Foods (BEEF3),  SLC (SLCE3), além da Weg (WEGE3).

“A bolsa brasileira é francamente uma bolsa da “velha economia”, com grande presença de commodities/materiais básicos. As eventuais representantes de setores mais novos / “modernos” são poucas e com histórico de operações limitado a alguns poucos anos”, ressalta Moran.

Quais fatores avaliar na hora de escolher as ações?

Alguns fatores devem ser observados na hora de avaliar os investimentos nas ações da bolsa, principalmente quando se fala de aplicações que possuem a intenção de ter retornos também a longo prazo.

Além das preocupações como o aspecto competitivo da empresa, deve ser observado também a governança.

Moran chama atenção para a principal pergunta que deve ser respondida: a companhia entende, aprecia e respeita todos os acionistas?

“Esta é, de longe, a principal preocupação, pois não existe negócio bom para o acionista minoritário se não houver uma estrutura sólida de governança e um real compromisso de fazer essa estrutura funcionar adequadamente”, diz.

Segundo o especialista, outro aspecto relevante é considerar que, como o investimento é de longo prazo, existem alternativas que podem auxiliar o processo.

Um exemplo são os fundos de previdência que oferecem vantagens tributárias claras para quem vai ficar investido por um prazo longo.

“Há uma série de alternativas muito atraentes de fundos com estratégias interessantes para quem busca retornos interessantes, incluindo a renda variável“.

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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