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As ações do setor imobiliário brasileiro na Bolsa estão tão descontadas que não podem ser ignoradas pelos investidores, avalia o BTG Pactual em um relatório produzido após a análise dos balanços do terceiro trimestre de 2021.

“Operacionalmente falando, acreditamos que as empresas têm apresentado um bom desempenho até o momento (apesar do cenário macro mais difícil, com piora nas condições de crédito e juros mais altos)”, apontam Gustavo Cambauva e Elvis Credendio.

Eles ressaltam que as ações caíram muito neste ano, chegando a 50%, em média, o que pode ser um exagero.

“Reconhecemos que taxas de juros mais altas são certamente notícias negativas para o setor, mas ele está sendo negociado a um múltiplo P/TBV (Preço sobre o Valor Contábil Tangível) atraente de apenas 0,8 vez e P/L (Preço sobre o Lucro) esperado para 2022 de apenas um dígito, em média”, explicam Cambauva e Credendio.

Além disso, os analistas apontam que as avaliações do mercado parecem ainda mais descontadas quando se leva em consideração que todas as empresas são extremamente desalavancadas, o que mitiga os impactos de custos mais elevados da dívida.

Construtoras brasileiras (P/TBV) no terceiro trimestre de 2021

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