Opinião

Quais são as oportunidades de investimentos para 2020?

24 jan 2020, 15:13 - atualizado em 24 jan 2020, 15:13
Rebeca Nevares, sócia-fundadora da Ella’s Investimentos (Imagem: Divulgação/Ella’s Investimentos)

A Renda Fixa acabou? A Bolsa está cara? Estas são as principais perguntas que ouvimos dos nossos investidores no dia-a-dia. Por um lado, falta ânimo para continuar no CDI. Por outro, sobra medo de entrar na Renda Variável.

A angústia não é exagerada: vivemos atualmente em um cenário único da história econômica brasileira. Juros baixos, Bolsa na máxima, tensões no mercado estrangeiro. Como identificar boas oportunidades?

Nossa primeira lição neste momento é que chegou a hora de criarmos coragem de abandonar o CDI. Até agora, era relativamente fácil ser um investidor conservador – afinal, o CDI pagava 14% ao ano, com risco basicamente nulo.

Com a queda da Selic, o jogo virou – e existe certo consenso entre economistas que a mudança veio para ficar. Agora os investidores que desejam encontrar bons rendimentos precisam pensar em diversificação e na criação de uma carteira de investimentos propriamente dita.

Esta transformação do mercado financeiro já foi enfrentada por boa parte do mundo desenvolvido. A boa notícia para os investidores brasileiros é que ela deve trazer uma série de inovações para cá.

A maior delas são os fundos de crédito privado. Nesta modalidade, os investidores conseguem retornos expressivos dentro da modalidade da Renda Fixa. Para acompanhar este mercado relativamente novo, foi criado o índice IDEX para servir como benchmark na avaliação de ativos de crédito privado. Desde a sua criação, em agosto de 2017, o índice teve uma alta de 18,8% – acima dos 16,7% do retorno do CDI no mesmo período.

Com a retomada da economia, outro tipo de aplicação volta a atrair a atenção dos investidores: os fundos imobiliários. O Ifix, cesta de fundos imobiliários, subiu 36% no ano de 2019. A queda dos juros apoiou este movimento, mas especialistas na área acreditam que o valor das cotas deve se manter, mas com bons dividendos para os investidores.

Outra dúvida constante é com relação às máximas da Bolsa de Valores. O Ibovespa subiu 32% no ano passado e muitos investidores sentem receio de entrar na Bolsa em um patamar caro. No entanto, o que temos visto é uma expectativa generalizada no mercado de que a alta das ações deve continuar.

Três fatores explicam este momento, segundo a analista Betina Roxo, sócia da XP Investimentos: a queda dos juros, a aceleração gradual do crescimento econômico e o andamento das reformas. A visão dela é que o movimento vai seguir firme neste ano, por conta da manutenção deste cenário.

A melhora da economia dá suporte para as empresas lucrarem mais, o que dá suporte para o avanço do preço das ações. Por isso, mesmo em um patamar historicamente alto, a tendência é que o Ibovespa continue a subir em 2020.

Neste mercado em transformação, um ponto ganha destaque: é fundamental investir com ajuda de um assessor financeiro. É somente com a ajuda de um profissional que o investidor pode identificar as melhores oportunidades que se encaixam no seu perfil para criar uma carteira diversificada e potente.

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