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Quais são os “gatilhos” para o Ibovespa chegar aos 200 mil pontos?

14 jun 2021, 21:49 - atualizado em 14 jun 2021, 21:59
Foguete
Diante do salto, analistas já começam a aventar a possibilidade do índice ultrapassar os 200 mil pontos. É o caso da XP Investimentos (Imagem: Pixabay)

O Ibovespa (IBOV) virou um foguete em maio e disparou 6%, o que fez com que muitas corretoras elevassem as estimativas do índice em 2021 para cima.

Diante do salto, analistas já começam a aventar a possibilidade da Bolsa ultrapassar os 200 mil pontos. É o caso da XP Investimentos. Segundo o analista Fernando Pereiro, que assina o relatório da corretora, o cenário é difícil, mas não impossível.

Até o final de 2021, a XP tem estimativa de 145 mil pontos para o índice.

“Ainda é cedo e prematuro para estimar voos mais altos para o Ibovespa nos próximos 12 meses rumo aos 200 mil pontos. Mas cada passo de cada vez, o cenário permanece construtivo e seguimos otimistas com a Bolsa brasileira”, observa.

Para ele, são necessários alguns fatores. Primeiro: os lucros das empresas devem ser maiores. Apesar do forte crescimento dos resultados previstos para 2021, o mercado espera lucros estáveis em 2022 em relação a este ano, próximo de 12 mil pontos.

Com os preços dos minérios mais baixos e uma taxa de câmbio mais controlada, os setores ligados às commodities, que representam cerca de 35% do índice, podem não brilhar com a mesma intensidade no ano que vem.

“Acreditamos que essa premissa possa ser conservadora, e caso a economia siga acelerando e o ciclo das commodities seja mais extenso, vemos chance de revisão para cima na premissa de lucros para 2022”, ressalta.

Bolsa barata?

Segundo cálculos do analista, a Bolsa brasileira segue barata, por várias métricas diferentes. Dessa forma, se a meta é bater os 200 mil pontos, é necessário que os múltiplos de preço sobre lucro também subam.

“Para que isso aconteça, o mercado têm que começar a enxergar uma visibilidade maior no ciclo atual para além de 2021. Taxas de juros de longo prazo mais baixas também poderiam ajudar a elevar o preço sobre lucro da Bolsa, assim como a continuação do fluxo forte de investidores estrangeiros”, aponta.

Na ponta do lápis, caso o lucro por ação cresça 15% em 2022 (ao invés da instabilidade atual) e o preço sobre lucro da Bolsa suba para 13 vezes (ante o atual em 10,8 vezes), a Bolsa poderia chegar nos 200 mil pontos, diz.

“Isso ainda aparece um cenário bastante otimista, e ainda pouco provável de acontecer. O ano de 2022 deve ser volátil, por conta das eleições, portanto ainda é difícil de imaginar um cenário que a Bolsa fique mais cara em 2022 em relação à média histórica”, destaca.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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