Eleições

Quanto custa a democracia? Veja os custos que envolvem campanha, eleição e outros gastos

10 ago 2022, 16:30 - atualizado em 10 ago 2022, 11:10
bolsonaro eleições
Além do fundo eleitoral, ainda existem os gastos com do próprio TSE e polícia federal (Imagem: Bloomberg)

Tribunal Superior Eleitoral divulgou quanto cada partido terá direito na distribuição dos R$4,9 bilhões do fundo eleitoral, o Fundo Especial de Financiamento da Campanha (FEFC). Os R$4.961.519.777,00 repartido entre os 32 partidos são a maior quantia já disponibilizada desde a criação em 2017.

Mas quanto custa uma eleição, e como esse dinheiro é gasto?

Quanto custa ser eleito?

De acordo com um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (Ibpad), com base nos dados do TSE da eleição de 2018, a média de gastos para a eleição de governadores no Brasil é de R$ 6,8 milhões, e para o Senado o valor é de R$ 2,1 milhões. Já deputados federais e estaduais gastam, respectivamente, R$ 1,3 milhão e R$ 373 mil na disputa por uma vaga.

Em 2018, segundo o estudo, o menor valor gasto para se eleger deputado estadual no Brasil foi no Espírito Santo, com um investimento médio de R$ 154 mil. Já em São Paulo, os candidatos vitoriosos a um cargo na Assembleia Legislativa gastaram, em média, R$ 537 mil, ou 3,5 vezes mais.

A pesquisa revelou como o gasto de campanha para a Câmara dos Deputados pelos candidatos do estado do Rio de Janeiro teve a menor média de gastos entre os parlamentares vitoriosos no país. Para conquistar um mandato no Rio, o candidato precisou investir, em média, R$ 914 mil. Por outro lado, o investimento médio de um candidato vitorioso pelo estado de Goiás na Câmara foi de R$ 1,6 milhão, o maior do país. O gasto foi quase duas vezes maior do que no Rio de Janeiro.

Gastos declarados por cargo em 2018 (em R$)

Cargo  Gasto médio (R$)  UF com menor média UF com maior média 
Governador R$ 6,6 milhões R$ 624 mil (RO) R$ 10 milhões (GO)
Senador R$ 2,1 milhões R$ 222 mil (ES) R$ 3,5 milhões (DF)
Deputado Federal R$ 1,3 milhão R$ 914 mil (RJ) R$ 1,6 milhão (GO)
Deputado Estadual R$ 373 mil R$ 154 mil (ES) R$ 537 mil (SP)

Fonte: Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD)

Gasto dos eleitos com e sem mandato por cargo em todo o Brasil (em R$)

Cargo  Condição  Mínimo  Média  Máximo  Qtde 
Governador Com mandato 3.041.930,42 6.509.754,48 10.644.376,18 10
Sem mandato 624.635,06 6.926.243,71 26.806.611,54 17
Senador Com mandato 1.330.533,20 2.317.625,25 3.444.610,33 8
Sem mandato 43.095,80 2.087.547,99 6.446.093,48 46
Deputado Federal Com mandato 215.034,27 1.700.555,91 2.983.078,63 242
Sem mandato 12.462,82 962.970,29 3.138.844,55 271
Deputado Estadual Com mandato 13.107,51 436.094,26 1.201.619,57 561
Sem mandato 924,27 302.340,26 1.209.026,00 498

Fonte: Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD)

Tribunal Superior Eleitoral aprovou os critérios que estabelecem os limites de gastos de campanhas para cargos eletivos nas Eleições 2022. De forma unânime, os ministros determinaram os mesmos valores de 2018 atualizados pelo IPCA.

Os candidatos à presidência da República não poderão passar de R$88,34 milhões em suas campanhas, um aumento de R$44 milhões em relação à quatro anos atrás. Já os candidatos a deputado federal poderão gastar no máximo R$3,15 milhões, e os deputados estaduais e distritais R$1,26 milhão.

Além do Fundo Eleitoral, quanto a União gasta com as eleições

A polícia federal informou que vai investir R$ 57 milhões na segurança dos candidatos à Presidência. Desse total, cerca de R$ 25 milhões serão gastos com o custo operacional (logística, diárias) e R$ 32 milhões com a compra de equipamentos.

De acordo com a PF, ao menos 300 policiais federais serão designados para cuidar da segurança dos presidenciáveis. Todos passarão por um curso específico para exercer essa função. Cada candidato tem o suporte de 21 policiais

Já o Tribunal Superior Eleitoral tem como orçamento para este ano R$ 2.454.302.642, sendo que R$ 1.334.833.932 estão reservados para a realização das eleições.
Esse dinheiro será utilizado para o pagamento de pessoal, manutenção e aquisição das urnas, transporte, armazenamento, conservação e preparação das urnas e ainda para material de divulgação das eleições.

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Formado em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, é editor de política, macroeconomia e Brasil do Money Times. Com passagens pelas redações de SBT, Record, UOL e CNN Brasil, atuou como produtor, repórter e editor.
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