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Quebra do café arábica derruba exportações do solúvel e 2022 não será nada bom também

25 ago 2021, 11:26 - atualizado em 25 ago 2021, 11:33
Café
Impacto da queda do café arábica derruba exportações do café industrializado (Imagem: Pixabay/reynaldoac)

O aumento da demanda no mercado interno pelo café conilon, para suprir mais o blend com o arábica, ante a drástica queda na oferta e expressiva valorização, impactou negativamente a produção e as exportações do café solúvel.

Após três anos seguidos de expansão, o pó industrializado, que leva majoritariamente a espécie canéfora (conilon e robusta), já perdeu 7,4% dos embarques de janeiro a julho, frente ao mesmo período de 2020. Não mudará no restante do segundo semestre.

Para a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a projeção de crescimento de 3% se reverteu, ampliada ainda pelos problemas logísticos na rende mundial de contêineres, em falta, acrescenta Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da entidade.

Em 2019, e mesmo em pleno vigor da pandemia em 2020, o café solúvel brasileiro bateu recordes de 4 milhões de sacas (60 kg) anuais em exportações para mais de 100 países,com receita cambial de US$ 600 milhões.

O câmbio em 2021, segundo o Lima, também não favoreceu, como em 2020.

E para 2022 a Abic já avisa que deverá rever as projeções de expansão, afinal a ressaca da quebra brasileira neste ano vai se estender para cafezais do ano que vem.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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