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Queda da B3 é exagerada, dizem analistas; é hora de comprar a ação

13 maio 2021, 13:54 - atualizado em 13 maio 2021, 14:02
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Segundo a Ágora Investimentos, a ação da B3 está sendo negociada com desconto de 20% para os pares globais, o que parece exagerado (Imagem: B3/LinkedIn)

A recente queda das ações da B3 (B3SA3) é exagerada, afirmou a Ágora Investimentos, que vê a empresa sendo negociada a 19 vezes P/L (preço sobre lucro) para os próximos 12 meses, um desconto de 20% para os pares globais. Na avaliação da corretora, o movimento não condiz com as perspectivas de crescimento e fortes tendências operacionais para a companhia.

A Ágora reiterou a compra da ação e atualizou o preço-alvo para R$ 69 (de R$ 73). Apesar da revisão para baixo, o preço-alvo ainda implica um potencial de valorização atrativo de mais de 30% em relação aos níveis atuais.

“Continuamos a acreditar que a B3 é uma história de crescimento muito atraente para representar o crescimento de investimentos financeiros no Brasil”, defenderam Otavio Tanganelli e Luiza Mussi, autores do relatório divulgado pela instituição ontem.

Momentum operacional

Os analistas não acreditam que uma eventual alta da taxa de juros irá reverter a tendência positiva vista no mercado acionário. Otavio e Mussi destacaram que os volumes não desaceleraram no início do ciclo de aperto monetário, visto que os rendimentos de renda fixa no curto prazo permanecem baixos e a atratividade da renda fixa em relação às ações não parece ser boa o suficiente.

“Em nossa opinião, em um cenário no qual continuamos a ver taxas de curto prazo em níveis razoáveis (meio de um dígito, cerca de 4-6%), não esperamos que isso atrapalhe a história e afete severamente os volumes”, afirmaram.

A corretora vê como principal risco a volta da Selic para dois dígitos.

B3 B3SA3 Ibovespa Mercados
A Ágora tem a B3 como uma de suas escolhas preferidas no setor financeiro (Imagem: B3/Linkedin)

Preferência

A Ágora tem a B3 como uma de suas escolhas preferidas no setor financeiro. Após a divulgação de resultados fortes, a corretora acredita que a empresa seguirá reportando números sólidos nos próximos trimestres, o que pode levar a uma reavaliação da ação.

A B3 reportou lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre do ano, o que corresponde a uma alta de 22,5% em relação a igual período de 2020.

Em termos ajustados, o lucro atingiu R$ 1,3 bilhão, crescimento de 15,5% na comparação ano a ano.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 1,9 bilhão, superando as estimativas dos analistas. Já a receita avançou 25,8%, para R$ 2,4 bilhões.

A empresa divulgou nesta quinta-feira os dados operacionais referentes a abril. Houve queda de 14,6% no volume médio diário de negócios em comparação a março. Por outro lado, o número de investidores ativos cresceu 3,5% e atingiu 3,7 milhões.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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