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Queda do Bitcoin mostra que investimento não é tão ‘seguro quanto ouro’; entenda

23 jan 2022, 16:56 - atualizado em 24 jan 2022, 7:30
Mineração bitcoin unsplash
Bitcoin teve maior queda em valor em seis meses na sexta-feira (Imagem: Unsplash/Michael Förtsch)

A mais recente queda do Bitcoin (BTC), que se estabilizou neste domingo (23), pode indicar que os criptoativos são mais parecidos com outros investimentos do que com o ouro, ao contrário do que muitas pessoas afirmam.

Isso porque o preço da moeda, na casa dos US$ 35 mil, já passou por mais oscilações do que o metal precioso, indicando uma semelhança maior com outros investimentos voláteis, como as ações, por exemplo.

“A correlação entre o bitcoin e o benchmark de alto crescimento ARKK ainda está em ~60% no acumulado do ano, versus ~14% para o preço do ouro, lembrando-nos de categorizar bitcoin e altcoins como ativos de risco em vez de refúgios seguros”, afirmou a analista Katie Stockton, da Fairlead Strategies, segundo o Business Insider.

Na sexta-feira (21), com a intenção do Federal Reserve (Fed, órgão análogo ao Banco Central brasileiro) de retirar o estímulo do mercado, o Bitcoin perdeu 8,7% em valor, indo para seu nível mais baixo em seis meses.

A Bloomberg afirma que, segundo o Bespoke Investment Group, “embora tenha havido reduções percentuais muito maiores para o Bitcoin e o mercado agregado, isso marca o segundo maior declínio em termos de dólares para ambos”.

“Isso dá uma ideia da escala de destruição de valor que os declínios percentuais podem mascarar. A criptomoeda é, é claro, vulnerável a esses tipos de vendas devido à sua volatilidade naturalmente mais alta historicamente, mas considerando o tamanho do mercado, vale a pena pensar na volatilidade tanto em termos de dólares brutos quanto em termos percentuais”, disseram os analistas.

O ouro, por sua vez, é um investimento mais estável.

Em 2018, quando as ações caíram quase 20% no mercado norte-americano, o Bitcoin teve uma queda de 50%, enquanto o ouro subiu 8%, segundo dados do Koyfin.

Do final de 2017 até o momento, o Koyfin aponta que o ouro atingiu a estabilidade. Já o Bitcoin, como mostra o gráfico abaixo, apesar do crescimento maior, tem quedas maiores, também.

(Koyfin/Reprodução)

De acordo com o analista gráfico do Bank of America, Paul Ciana, os preços do metal precioso ainda não atingiram o pico, em vez disso, eles estão em um padrão de consolidação de onda longa.

“Contanto que permaneçam acima do suporte de US$ 1.683 a RUS$ 1.700, continua sendo possível que a ‘onda 5’ até cerca de US$ 2.200 possa ocorrer no próximo ano”, explicou Ciana em um relatório enviado a clientes em dezembro de 2021.

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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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