Economia

Queda do Brent sinaliza queda de preços dos combustíveis pela Petrobras, diz Bolsonaro

02 ago 2022, 12:16 - atualizado em 02 ago 2022, 12:16
Jair Bolsonaro petrobras
(Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira que a queda recente do petróleo tipo Brent no mercado internacional sinaliza para novas reduções nos preços dos combustíveis cobrados pela Petrobras.

Em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, o presidente disse que a política de paridade dos preços internacionais praticada pela petroleira estatal foi aplicada de forma “exagerada”.

“O Brent ontem, o petróleo lá fora, o barril, caiu na casa dos 100 dólares, então é um sinalizador que você pode diminuir novamente o preço da combustível da Petrobras, quem sabe o diesel”, disse Bolsonaro à emissora gaúcha.

Na segunda-feira, o petróleo tipo Brent fechou em queda de quase 4%, a 100,03 dólares o barril, enquanto o petróleo bruto WTI, negociado nos EUA, caiu 4,8%, para 93,90 dólares o barril.

O Brent e o WTI terminaram julho com uma segunda perda mensal consecutiva pela primeira vez desde 2020, já que a inflação crescente e as taxas de juros mais altas aumentam os temores de uma recessão que prejudicaria a demanda por combustível.

Já nesta terça, no entanto, as cotações do petróleo no mercado internacional se recuperavam parcialmente e tanto o Brent quanto o WTI subiam mais de 1 dólar por barril.

Na quinta-feira, a Petrobras anunciou uma redução de 3,88% no preço da gasolina para as distribuidoras. Esta é a segunda redução que a empresa fez no combustível neste ano. A primeira, de 4,9%, entrou em vigor na semana anterior.

Na entrevista à emissora gaúcha, Bolsonaro também disse que manterá Paulo Guedes à frente do Ministério da Economia enquanto estiver no mandato e afirmou que já acertou com Guedes uma atualização da tabela do Imposto de Renda para 2023.

“O nosso casamento (com Guedes) não tem data de validade. É enquanto durar o mandato”, disse Bolsonaro ao ser indagado se manteria Guedes no posto.

“Já está conversado com o Paulo Guedes, vai ter a atualização da tabela do Imposto de Renda para o próximo ano, já está garantido, não sei o percentual ainda, mas vamos começar a recuperar isso aí, porque está virando, na verdade, o Imposto de Renda um redutor de renda”, afirmou.

A correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física foi uma promessa de campanha de Bolsonaro em 2018, que o presidente não cumpriu. Na entrevista, ele culpou a pandemia de Covid-19 pelo descumprimento da promessa.

Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) a defasagem da tabela do Imposto de Renda em relação à inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em 24%, maior patamar da série histórica iniciada em 1996.

Atualmente, as pessoas que recebem a partir de 1.903,99 reais já pagam Imposto de Renda. O salário mínimo atualmente é de 1.212,00 reais.

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