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Quem leu Money Times não se surpreendeu com a saída do CEO da Petrobras (PETR4)

24 maio 2022, 8:23 - atualizado em 24 maio 2022, 9:00
Petrobras
Setores de combustíveis já aguardavam saída do presidente da Petrobras (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

Se analistas e investidores foram pegos de surpresa com a saída de José Mauro Coelho da presidência da Petrobras (PETR4), não foi surpresa alguma para os setores de etanol e combustíveis. Money Times antecipou essa possibilidade no dia 11.

Empresários e lideranças ouvidos no dia em que Bento Albuquerque deixava o Ministério de Minas e Energia (MME), sob sigilo de seus nomes, como é praxe nessas horas, não tinham dúvidas desse novo movimento do presidente Jair Bolsonaro.

Independente se a demissão de Coelho foi “a pedido”, como também é praxe – e assim o foi a do ex-ministro -, a realidade mostrava que a pressão do Planalto sobre a petroleira seguiria com a ascensão de Adolfo Sachsida à chefia do MME.

José Mauro Coelho era da confiança do almirante Albuquerque, contra qualquer forma de intervencionismo na Petrobras em relação à política de preços para os combustíveis, e ainda foi praticamente escanteado quando o novo ministro, um dia após a posse, levou ao ministro Paulo Guedes – seu chefe direto até um dia antes – um arremedo de plano de privatização da estatal.

O ex-CEO da Petrobras também não via com bons olhos a liberação total das importações de etanol, que ele e Albuquerque tiveram que aceitar semanas antes por pressão de Guedes, quando as alíquotas foram zeradas.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.