Radar do mercado

Azul (AZUL4), C&A (CEAB3), Petrobras (PETR4) e outros destaques desta terça-feira (24)

24 jun 2025, 9:30 - atualizado em 24 jun 2025, 9:30
Azul
Azul, C&A e Petrobras estão entre os destaques corporativos desta terça-feira (24) (Imagem: iStock/Matheus Obst)

O fornecimento de combustível da Raízen à Azul (AZUL4), o encerramento de parceria da C&A (CEAB3) com o Bradesco e a eventual reavaliação de preço pela Petrobras (PETR4) são alguns dos destaques corporativos desta terça-feira (24).

Confira os destaques corporativos de hoje

Justiça dos EUA determina que Raízen (RAIZ4) mantenha fornecimento de combustível à Azul (AZUL4)

A Justiça dos Estados Unidos emitiu nesta segunda-feira uma ordem para manter o fornecimento de combustível pela Raízen à Azul (AZUL4), após pedido da companhia aérea no domingo para impedir que a Raízen (RAIZ4) suspendesse a oferta, segundo documento judicial.

Em correspondência de 18 de junho, a Raízen, uma das maiores distribuidoras de combustível de aviação do Brasil, informou à Azul que o agente fiduciário da 12ª emissão de debêntures da companhia aérea, Vórtx, comunicou que a empresa estava inadimplente no pagamento de amortização e remuneração do título desde 12 de junho.

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“Assim, a Raízen…solicita manifestação da Azul com urgência sobre eventual saneamento do inadimplemento e em tempo hábil para evitar a suspensão do fornecimento, diante do prazo de três dias úteis que a Raízen possui para implementação do mecanismo de ‘Stop Supply’”, afirmou a distribuidora de combustível na correspondência anexada pela Azul e entregue à Justiça dos EUA, onde corre sua recuperação judicial.

A Azul havia afirmado no pedido à Justiça norte-americana que a ação da Vórtx era “ilegal” e que a interrupção no fornecimento de combustível, se realizada, “coloca em risco a capacidade da Azul de se reorganizar de maneira bem-sucedida sob a recuperação judicial”.

C&A (CEAB3) encerra parceria com Bradesco e paga R$ 650 milhões por retomada de serviços financeiros

C&A (CEAB3) informou ao mercado nesta segunda-feira (23) que encerrou oficialmente sua parceria com o Banco Bradesco (BBDC4) e o Bradescard, iniciada em 2009, para a oferta de produtos e serviços financeiros aos seus clientes.

Segundo fato relevante, a varejista firmou um termo de transação e encerramento do contrato com os bancos e, como parte do acordo, vendeu os direitos relacionados à carteira do cartão bandeirado Bradescard por R$ 170 milhões.

Além disso, a C&A informou a quitação antecipada do valor de R$ 650,6 milhões referente à recompra dos direitos de explorar, de forma independente, a oferta de serviços financeiros — anteriormente exclusiva do Bradesco. Essa obrigação teria vencimento originalmente em julho de 2025.

Petrobras (PETR4) aguarda desdobramentos de conflito no Irã para reavaliar preço, dizem fontes

A Petrobras (PETR4) observa os desdobramentos no mercado de petróleo causados pelo conflito entre Israel e Irã, assim como ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares do país persa, no final de semana, mas avalia que por ora não deve mudar os preços dos combustíveis, disseram duas fontes da empresa.

Essas pessoas citaram que o mercado está bastante volátil, e que a empresa aguarda uma mudança de patamar do petróleo Brent antes de fazer qualquer mudança nos valores.

Nesta segunda-feira, o petróleo Brent chegou a atingir nova máxima de cinco meses, a US$ 81,40 por barril, antes de devolver ganhos e fechar em baixa de 7,18%, a US$ 71,48, após o Irã atacar em retaliação uma base dos EUA no Catar, mas não tomar medidas para interromper o fornecimento de petróleo e gás no Estreito de Ormuz.

“Está todo mundo preocupado nesse momento geopolítico… Não há dúvida. O que a gente tem aí, estamos olhando atentamente, é como é que o preço do Brent vai se comportar. O importante é que com a nossa política a gente removeu a volatilidade. Removeu a volatilidade, não preciso sair correndo, fazendo um ajuste”, disse uma das fontes, na condição de anonimato.

Grupo Mateus (GMAT3) distribuirá R$ 150 milhões em juros sobre o capital próprio

O conselho de administração do Grupo Mateus (GMAT3) aprovou o pagamento de R$ 150,6 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP) aos acionistas, correspondente ao valor bruto de R$ 0,0670472855 por ação.

Terão direito ao provento acionistas com posição acionária na companhia em 26 de junho de 2025, sendo que as ações passam a ser negociadas “ex -direitos” a partir do dia 27 de junho.

Importante ressaltar que há incidência de Imposto de Renda na Fonte no caso de JCP, com alíquota de 15%, exceto para aqueles comprovadamente isentos.

O pagamento ocorrerá em uma única parcela, até o dia 31 de dezembro de 25, em data que ainda será fixada pela companhia.

Copel (CPLE6) aprova início de transição para Novo Mercado e movimento agrada analistas

O conselho de administração da Copel (CPLE6) aprovou o início do processo de migração da companhia para o chamado “Novo Mercado” da B3, o segmento que agrupa as empresas com práticas de governança corporativa mais elevada.

Segundo o documento, divulgado ao mercado na segunda-feira (23), ocorrerá a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) para 4 de agosto, a fim de deliberar a decisão.

Entre os termos propostos, está a criação de uma nova classe de ações preferenciais compulsoriamente resgatáveis, a PNC.

Também há previsão para conversão obrigatória da totalidade de ações preferenciais classes A e B em ações ordinárias e preferenciais classe C (PNC), na proporção de 1 ordinária e 1 PNC para cada ação preferencial classe A ou B, resultando em uma operação sem diluição dos acionistas.

Com a aprovação, ocorrerá a conversão de ações preferenciais em ordinárias, com pagamento de R$ 0,7749 por ação preferencial em forma de ação resgatável, representando prêmio de 6,7% sobre o fechamento, destacam analistas do BTG Pactual.

JBS (JBSS32) emite US$ 3,5 bilhões em bonds

JBS (JBSS32) informou ao mercado nesta segunda-feira (23) que as notas sêniores (bonds) de suas subsidiárias foram precificadas da seguinte maneira:

  1. US$ 1.250 bilhão, com yield de 5,572% ao ano e cupom de 5,500% ao ano para as notas sêniores com vencimento em 2036;
  2. US$ 1.250 bilhão, com yield de 6,265% ao ano e cupom de 6,250% ao ano para as notas sêniores com vencimento em 2056;
  3. US$ 1 bilhão, com yield de 6,415% ao ano e cupom de 6,375% ao ano para as notas sêniores com vencimento em 2066.

Segundo comunicado da empresa, a oferta das notas de cada série está programada para ser concluída em 03 de julho de 2025, sujeita às condições habituais de fechamento.

Conselho da Iguatemi (IGTI11) aprova venda de participações em shoppings e empreendimentos

O conselho de administração da Iguatemi (IGTI11) aprovou nesta segunda-feira a venda de participações em shopping centers e empreendimentos que somam R$ 500 milhões, conforme ata da reunião do colegiado divulgada ao mercado.

Segundo o documento, o conselho aprovou a venda de participação de 49% no Shopping Market Place, Edifício Market Place Towers, ambos na cidade de São Paulo, e Galleria Shopping, em Campinas (SP), por aproximadamente R$ 468 milhões no total.

Ambipar (AMBP3) retira projeções relacionadas a potencial parceria com Dow

Ambipar (AMBP3) informou nesta segunda-feira (23) que decidiu retirar as projeções relacionadas à potencial parceria entre a companhia e a Dow Brasil, que atende aos mercados de embalagens, infraestrutura, mobilidade e outros, embora o eventual acordo permaneça em fase de estudos, desenvolvimento e negociação.

A empresa de gestão de resíduos acrescentou em fato relevante que a decisão de retirar as projeções considera a “sensibilidade estratégica e comercial das informações” relacionadas ao potencial acordo, e que isso não representa “qualquer alteração no relacionamento ou no andamento das tratativas entre as partes”.

*Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo 

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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