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Vale (VALE3), Americanas (AMER3), MRV&Co (MRVE3) e outros destaques desta quarta-feira (13)

13 ago 2025, 9:54 - atualizado em 13 ago 2025, 9:58
vale vale3 jcp
Vale, Americanas e MRV estão entre os destaques corporativos desta quarta-feira (13) (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

O encerramento da recuperação judicial da Samarco, joint venture da Vale (VALE3) com a BHP, e os balanços referentes ao segundo trimestre de 2025 da Americanas (AMER3) e MRV&Co (MRVE3) são alguns dos destaques corporativos desta quarta-feira (13).

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Confira os destaques corporativos de hoje

Vale (VALE3): Justiça aprova encerramento de recuperação judicial da Samarco

A Samarco, joint venture da Vale com a BHP, obteve autorização da Justiça de Minas Gerais para o encerramento de seu processo de recuperação judicial, por meio do qual foram reestruturados passivos superiores a R$ 50 bilhões com aproximadamente 10 mil credores, informou a mineradora nesta terça-feira.

O processo teve início após uma crise gerada pelo rompimento mortal de uma barragem de rejeitos de mineração da companhia em novembro de 2015, em Mariana (MG), que levou a uma paralisação de suas atividades por anos.

“Esse é um marco importante para a manutenção da função social e para a continuidade operacional daquela companhia. A decisão da 2ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte pelo encerramento contou com o parecer favorável do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, que concluiu que a recuperação judicial cumpriu sua finalidade”, diz a mineradora em fato relevante.

Americanas (AMER3) reduz prejuízo para R$ 98 milhões no 2T25

A Americanas teve prejuízo líquido de R$ 98 milhões no segundo trimestre deste ano, uma redução de 94,7% ante o prejuízo de R$ 1,86 bilhão de um ano atrás.

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O GMV total somou R$ 5,2 bilhões, alta de 15,6% na comparação anual, impulsionado principalmente pelo crescimento de 35,7% no GMV físico, para R$ 4,35 bilhões. Já o GMV digital recuou 68,7%, para R$ 213 milhões, enquanto o GMV de “outros” avançou 4,0%, a R$ 634 milhões.

A receita líquida da Americanas aumentou 24,7% na base anual, atingindo R$ 3,84 bilhões. O Ebitda ajustado saltou 1.216%, para R$ 329 milhões. Desconsiderando efeitos do IFRS 16, o Ebitda ajustado ficou positivo em R$ 94 milhões, revertendo o resultado negativo do ano anterior.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 38 milhões, uma melhora de 97,5% ante o prejuízo de R$ 1,55 bilhão registrado no segundo trimestre de 2024.

MRV&Co (MRVE3) tem prejuízo ajustado de R$ 774,7 milhões no 2T25 puxado por Resia nos EUA

O grupo MRV&Co divulgou um prejuízo líquido ajustado de R$ 774,7 milhões no segundo trimestre, revertendo lucro de R$ 29,4 milhões apurado no mesmo período do ano passado, tendo as operações da subsidiária norte-americana Resia como principal fator para o resultado negativo.

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A receita operacional líquida, por sua vez, totalizou R$ 2,7 bilhões no período, crescimento de 18% em relação ao faturamento do segundo trimestre de 2024, com impulso do segmento de incorporação da MRV&Co, que inclui as marcas MRV e Sensia.

Resia, que está em processo de reestruturação, teve um prejuízo líquido ajustado de R$ 886,9 milhões nos três meses encerrados em junho, com impacto da baixa contábil de US$ 144 milhões relacionada à venda de ativos antecipada no mês passado.

Esse “impairment” envolve a perda estimada de US$ 81 milhões com vendas de terrenos e de mais US$ 63 milhões com o desinvestimento de projetos da chamada “safra legado”, que são ativos que serão vendidos abaixo do custo.

Petrobras (PETR4): Data para simulado na Foz do Amazonas foi marcada pelo Ibama

A diretora-executiva de Exploração e Produção da Petrobras (PETR4), Sylvia Anjos, afirmou na terça-feira (12) que a data para a realização de simulado na Bacia da Foz do Rio Amazonas, em águas profundas do Amapá, foi definida. No entanto, a divulgação será feita pelo órgão ambiental federal Ibama.

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O simulado é considerado pela petroleira estatal como a última etapa do processo de licenciamento em curso para a perfuração de um poço exploratório na região, antes que o Ibama decida se dará sua autorização para a atividade.

A indústria de petróleo vê na Bacia da Foz do Amazonas grande potencial para descoberta de novas reservas de petróleo, mas a região tem também enormes desafios socioambientais.

Bradespar (BRAP4) tem lucro de R$ 450 milhões no 2T25, queda de 16%

Bradespar (BRAP4) reportou lucro líquido de R$ 450 milhões no segundo trimestre de 2025, uma queda de 16% em relação ao mesmo período de 2024.

A holding teve receita operacional de R$ 434,7 milhões entre abril e junho, recuo de 17,2% na comparação anual, proveniente da equivalência patrimonial e juros sobre capital próprio (JCP) da mineradora.

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Já o resultado financeiro da Bradespar atingiu o valor positivo de R$ 30,1 milhões, decorrente, principalmente, de aplicações financeiras e de remuneração sobre impostos a recuperar.

“O valor reflete a continuidade da posição líquida de caixa da companhia, já que todo o endividamento financeiro foi liquidado em exercícios anteriores”, destacou a holding.

Porto Seguro (PSSA3) registra lucro de R$ 878 milhões no 2º trimestre, alta de 50,4%

Porto Seguro (PSSA3) anunciou nesta quarta-feira que teve lucro líquido de R$ 878,1 milhões no segundo trimestre, um crescimento de 50,4% na comparação com o mesmo período de 2024.

Analistas, em média, esperavam resultado positivo da companhia de R$ 817,2 milhões, segundo dados da LSEG.

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O grupo apurou receita total de cerca de R$ 10 bilhões entre abril e o final de junho, crescimento anual de 12%. O desempenho da empresa também foi impulsionado por um resultado financeiro positivo em R$ 376 milhões, mais que o dobro dos R$ 170 milhões apurados um ano antes.

A perda com crédito no período somou R$ 520 milhões, crescimento de 20% ano a ano.

O grupo financeiro também anunciou nesta quarta-feira que a unidade PortoBank deverá registrar crescimento de receita total de 20% a 28% ante expectativa de alta de 14% a 22% esperada anteriormente.

Oi (OIBR3): Participação no capital da V.tal cai para cerca de 27,26%

Oi (OIBR3), em recuperação judicial, teve uma redução expressiva de participação acionária na V.tal (empresa de soluções de infraestrutura digital neutra), passando para, aproximadamente, 27,26%.

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No contexto da venda da ClientCo — empresa de prestação de serviços de banda larga fixa que pertencia à Oi —, a V.tal emitiu de 331.192.973  novas ações ordinárias para exercício do direto de bônus de subscrição pelos fundos BTG Pactual Infraco Master, BTG Pactual Infraco e BTG Pactual Economia Real Master.

“Como resultado, a participação da companhia e suas afiliadas no capital votante e total da V.tal passará a ser de, aproximadamente, 27,26%”, diz o fato relevante.

A V.Tal adquiriu a ClientCo por R$ 5,71 bilhões em março deste ano.

Light (LIGT3): Em recuperação judicial, empresa tem prejuízo de R$ 51 milhões

Light (LIGT3) – empresa de energia que atua com geração, distribuição, comercialização – registrou um prejuízo de R$ 51 milhões no segundo trimestre de 2025, estável na base anual.

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Atualmente em recuperação judicial, a Light registrou uma receita líquida de R$ 3,1 bilhões no período, queda de 10% no ano. A companhia explica que o resultado foi impactado pela queda das temperaturas e devido à migração de clientes do mercado cativo para o mercado livre de energia.

A Light viu seu Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado ficar em R$ 203 milhões no 2T25, queda de 67% no ano, acompanhando a receita.

Simpar tem prejuízo no 2º tri com efeito de juros, mas Ebitda recorde

A Simpar (SIMH3) registrou prejuízo líquido de R$ 42,9 milhões no segundo trimestre, ante lucro de R$ 158,8 milhões um ano antes, divulgou na noite da véspera a holding controladora de companhias como JSL, Movida, Vamos e Automob.

A companhia citou pressão do cenário macroeconômico mais desafiador, com alta nas taxas de juros do Brasil e crescimento do endividamento líquido médio, reflexo dos investimentos necessários para manutenção dos negócios.

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O resultado operacional medido pelo Ebitda, porém, somou quase R$3 bilhões, recorde e um aumento de 12,5% ano a ano, com a margem nessa linha passando de 26,4% para 28,4%.

A receita líquida total totalizou R$ 10,6 bilhões, alta de 2,9% ano a ano, enquanto a receita líquida de serviços cresceu 6,8%, para R$ 8,56 bilhões.

CVC (CVCB3) tem prejuízo de R$ 46,3 milhões no 2T25, alta de 109,4% no ano

CVC (CVCB3) registrou um prejuízo líquido de R$ 46,4 milhões no segundo trimestre de 2025, avanço de 109,4% ante o registrado no mesmo período de 2024.

A alta do prejuízo se deu mesmo com a CVC tendo registrado uma alta da receita líquida. O faturamento subiu 10% no ano, para R$ 348,2 milhões.

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“Se deu por conta de uma forte performance comercial tanto no Brasil quanto na Argentina, resultado das evoluções implementadas pela administração desde de seu ingresso na companhia em junho de 2023, como abertura de novas lojas, integração de vendas físicas e digitais e maior oferta de meios de pagamentos”, diz a companhia.

*Com informações da Reuters

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.