Mercados

Radar do mercado: O que importa para a bolsa hoje, segundo 5 analistas

20 dez 2021, 9:47 - atualizado em 20 dez 2021, 9:47
(Imagem: REUTERS/Toby Melville)

A preocupação global com a variante ômicron é o principal tema dos relatórios de abertura de mercado nesta segunda-feira (20).

O Ibovespa futuro caía 1,6% pela manhã, enquanto nos Estados Unidos a baixa era de 1,6% e na Europa o recuo era de 2,1%.

XP: Risco da aceleração da Ômicron

A XP Investimentos destaca que a Alemanha, Irlanda e Áustria anunciaram novas restrições para a circulação de passageiros aéreos e a Holanda entrou oficialmente em lockdown até meados de janeiro.

A corretora lembra que o conselheiro de saúde do presidente dos EUA, Anthony Fauci, disse que os bloqueios não são necessários no país, mas os hospitais podem ficar sobrecarregados.

Terra: Baixa nas previsões

A Terra Investimentos sublinha que o Goldman Sachs cortou as previsões de crescimento dos EUA após mudanças na agenda econômica que Biden havia prometido quando foi eleito, de forma a impulsionar a economia americana.

“Além disso, senador Joe Manchin informou que não iria votar no pacote de impostos e despesas de cerca de US$ 2 trilhões de Biden”, diz a corretora.

Commcor: Inflação persistente

A Commcor comenta que, “adicionando ainda mais aversão aos ativos de risco, a inflação persistente tem preocupado os principais bancos centrais que têm direcionado suas decisões para o âmbito contracionista”.

“A retirada do termo ‘transitória’ e a aceleração do tapering nos Estados Unidos, a Ata do Copom mostrando um posicionamento mais hawkish dos dirigentes e, na Europa, decisões também em prol de um aperto monetário colocam os ativos de renda variável em situação de menor atratividade e podem, parcialmente, explicar o movimento de cautela visto hoje”.

Rico: Orçamento aprovado?

A Rico diz que, após o fim da “novela da PEC dos Precatórios”, com a aprovação na semana passada, e uma certa redução na percepção de risco fiscal do país, o Congresso se volta para a aprovação do Orçamento para o ano que vem.

“Ainda há pressões para aumento de gastos, especialmente de reajustes a servidores públicos, mas a aprovação da PEC ao menos limitou o nível de ‘surpresas’ que podemos esperar dessas discussões – uma vez que colocou um limite para o quanto podemos gastar no ano que vem”, comenta.

“Vale lembrar que, sem o orçamento aprovado, o governo só pode gastar uma pequena fração do orçamento proposto para o ano. Ou seja, os gastos ficam limitados para todos (parlamentares e governo)”.

Genial: Nova projeção

A Genial Investimentos destaca que, com o resultado do setor de serviços e do IBC-Br na semana passada, todos os dados de outubro apresentaram recuo na comparação com o mês anterior (com ajuste sazonal) e vieram abaixo das expectativas do mercado.

” Os resultados negativos de outubro implicam um carrego estatístico negativo para o 4º trimestre de -0,86%. Ou seja, caso a atividade econômica não avance em novembro e dezembro, a contração do PIB no último trimestre seria dessa magnitude”

A Genial agora projeta em 2021 PIB em 4,5% (ante 5,0%), IPCA em 10,5% (ante 10,1%), taxa de câmbio em R$5,60 (ante R$ 5,40). Para 2022, a corretora manteve o PIB em 0,6%, IPCA em 5,30% e reduziu expectativa para taxa Selic de 12% para 11,75%.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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