Mercados

Radar do mercado: Volatilidade e o que mais importa para a bolsa hoje, segundo 4 analistas

01 dez 2021, 10:20 - atualizado em 01 dez 2021, 10:42
Setas sobe desce
Movimento de hoje devolve parte das perdas de ontem, quando os mercados foram derrubados pelo anúncio do presidente do Fed. (Imagem: Unsplash/ Susan Q Yin)

O Ibovespa futuro sobe 1,02% nesta quarta-feira (1), aos 103,4 mil pontos, acompanhando o desempenho das bolsas norte-americanas, com alta de 1,2%, e europeias, com avanço de 1,1%.

O movimento devolve parte das perdas de ontem, quando os mercados foram derrubados pelo anúncio do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de que pode acelerar o ritmo de redução da injeção de liquidez na economia.

Veja o que esperam alguns dos principais analistas para esta quarta:

Commcor

A Commcor destaca a volatilidade das últimas sessões, “com investidores expondo sentimentos bastante ariscos com a atual combinação de cautela renovada com a pandemia” e o Fed.

“Quando falamos em volatilidade, temos que nos ater ao sentido literal da palavra, que, no mercado, nada mais é do que ‘sobe e desce’ com volume e velocidades acima do comum, e nesse aspecto é interessante observar que o sentimento do mercado vem se alternando nas últimas quatro aberturas”.

Para a Commcor, Powell conduziu uma digna reviravolta de apostas no mercado ao sinalizar que o Fomc deve debater na reunião dos próximos dias 14 e 15 uma possível aceleração do tapering (redução do ritmo de compras de ativos), movimento esse que estreou em novembro ao ritmo de USD 15 bilhões.

Na prática, o Fed comprou total de US$ 105 bilhões entre títulos da dívida e MBS, ante US$ 120 bilhões vistos nos meses anteriores, diz a corretora

“Sendo assim, o que está na mesa agora é a possibilidade de a autoridade comprar menos do que os potenciais US$ 90 bilhões em dezembro, ou, em última instância, uma manutenção do ritmo de US$ 15 bilhões neste mês com possível aceleração do ritmo a partir do ano que vem”.

XP

A XP destaca, entre outros assuntos, a desaceleração da China, com a divulgação da prévia do Índice de Gerentes de Compras de Manufatura (PMI) Caixin, que caiu para 49,9 em novembro de 50,6 no mês anterior, contra as expectativas dos analistas de 50,5 em uma pesquisa da Reuters.

A marca de 50 separa o crescimento da contração em uma base mensal.

“A segunda maior economia do mundo, que apresentou uma recuperação impressionante da queda pandêmica do ano passado, perdeu ímpeto desde o segundo semestre, à medida que luta com uma desaceleração do setor manufatureiro, problemas de dívida no mercado imobiliário e surtos de covid-19”, diz a corretora.

Modalmais

Além de destacar a variante do coronavírus ômicron, a Modalmais lembra que na agenda do dia há a divulgação do saldo da balança comercial em novembro (deve ser déficit), o IPP de outubro, o PMI de novembro e fluxo cambial da semana anterior.

Nos EUA, o PMI industrial de novembro, investimento em construção de outubro, discurso de Powell e Yellen na Câmara e dados do Livro Bege, uma síntese da economia americana, diz o banco.

Rico

A Rico lembra que, no Brasil, a PEC dos precatórios foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e deve ser votada hoje no Plenário.

O texto sofreu alterações que permitiram a inclusão de precatórios da natureza alimentícia como prioridade.

“Segundo nosso time de economia, com essas mudanças não há abertura adicional do teto de gastos para novas despesas (ou seja, o governo segue tendo que apertar o cinto nas despesas).”

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
Linkedin
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
Linkedin
Leia mais sobre: