Raízen (RAIZ4): BTG corta preço-alvo em meio à reestruturação; veja o que fazer com as ações

O BTG Pactual ajustou o preço-alvo para Raízen (RAIZ4) de R$ 3,50 para R$ 3,00. Em relatório divulgado nesta terça-feira (29), o banco projeta prejuízo líquido de R$ 4,2 bilhões em 2025, antes de uma possível recuperação a partir de 2027.
No entanto, os analistas destacam a profunda reestruturação da companhia, que já arrecadou quase R$ 3 bilhões com a venda de ativos não estratégicos, como algumas usinas. A recomendação ainda é de compra.
Para o banco, a grande virada pode estar na forma como a Raízen passou a administrar suas operações, depois de um ciclo de investimentos pesados, buscando crescimento acelerado.
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A companhia agora adota uma postura mais conservadora, priorizando geração de caixa e eficiência operacional. A venda recente de três usinas é um dos fatores que sinalizam sua disposição em rever a estrutura produtiva.
Os analistas avaliam que esse pode ser apenas o primeiro passo, já que ainda existem unidades pouco rentáveis em operação. A meta, nesse caso, é reduzir custos e simplificar a operação — algo visto como fundamental diante da pressão sobre as margens.
No segmento de distribuição de combustíveis, tradicionalmente o principal motor de geração de caixa, os analistas chamam a atenção para a perda de competitividade.
Ao priorizar iniciativas ligadas a serviços e operações de trading, a Raízen abriu mão do que sempre a diferenciou no setor: disciplina comercial e eficiência na originação de produtos.
Esse movimento resultou em queda de participação de mercado e na perda do retorno superior que a empresa historicamente entregava sobre o capital investido.
O BTG considera que a chave agora está em reverter esse quadro e retomar a execução no negócio principal, enquanto a reestruturação do segmento sucroenergético avança.
A expectativa é de que essas medidas ainda demorem para aparecer no balanço, mas podem destravar valor relevante a partir de 2027.
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