AgroTimes

Raízen (RAIZ4) recua 5% após prejuízo de R$ 2,3 bi; XP vê números adequados no 2T26

17 nov 2025, 10:47 - atualizado em 17 nov 2025, 10:47
raizen raiz4
Segundo a XP, o Ebitda da Raízen ajustado veio fraco, refletindo dificuldades nos segmentos S&E (açúcar e etanol) e Mobilidade Argentina. (Imagem: Raízen/Divulgação)

As ações da Raízen (RAIZ4) recuavam 5,75% por volta de 10h25 desta segunda-feira (17). Na última sexta-feira (14), a empresa registrou um prejuízo de R$ 2,3 bilhões no segundo trimestre da safra 2025/2026 (2T26).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para a XP Investimentos, os resultados foram adequados tanto em lucros quanto em fluxo de caixa livre (FCF). No entanto, um único trimestre não parece suficiente para dissipar as preocupações do mercado sobre a estrutura de capital da companhia.

Segundo os analistas, o Ebitda ajustado veio fraco, refletindo dificuldades nos segmentos S&E (açúcar e etanol) e Mobilidade Argentina, que ofuscaram o desempenho robusto de Mobilidade Brasil. Ainda assim, o indicador ficou em linha com as estimativas, totalizando R$ 3,2 bilhões.

“Do lado do FCF, a Raízen registrou aumento da dívida líquida e da alavancagem, consequência da etapa final de substituição dos forfaits por dívida de longo prazo — movimento que avaliamos positivamente por melhorar o perfil da dívida e a clareza das demonstrações financeiras”, explicam Leonardo Alencar, Samuel Isaak e Pedro Fonseca.



Apesar disso, o FCF surpreendeu positivamente. Pelas contas da XP, incluindo forfaits e leasing, a dívida líquida caiu R$ 745 milhões frente à expectativa de consumo de caixa, refletindo:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • redução relevante de Capex,
  • entradas de caixa provenientes da venda de ativos (dos ~R$ 5 bi anunciados, ~R$ 1 bi já entrou e o restante deve ser recebido até o fim da safra 2025/26, segundo a administração).

Apesar da queda da dívida líquida, o ND/EBITDA (XPe) subiu para 4,5x, pressionado pela redução dos lucros. Mesmo com os desafios como alta alavancagem, FCF limitado e margens deprimidas em S&E, a XP destaca os seguintes pontos:

  • queda expressiva de 26% A/A em G&A (-23% no 6M25);
  • margens sólidas no negócio de distribuição de combustíveis, acima de pares listados;
  • controle de Capex, contribuindo para preservação de caixa;
  • cobertura de ~95% do açúcar disponível (~50% do total) para 2026/27, a preços atrativos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Linkedin
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
Linkedin
Quer ficar por dentro de tudo que acontece no mercado agro?

Editoria do Money Times traz tudo o que é mais importante para o setor de forma 100% gratuita

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar