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Rali das ações da Vamos (VAMO3) está por vir, avalia BBA

15 fev 2023, 14:41 - atualizado em 15 fev 2023, 14:41
Vamos VAMO3
A Vamos mais que dobrou o seu lucro líquido no quarto trimestre de 2022, para um recorde de R$ 254,3 milhões (Imagem: Reprodução/Site da Vamos)

Analistas de mercado reforçaram a preferência pelas ações da Vamos (VAMO3) após a divulgação dos resultados da companhia na semana.

A Vamos mais que dobrou o seu lucro líquido no quarto trimestre de 2022, para um recorde de R$ 254,3 milhões, graças ao crescimento do Ebit (lucro operacional) no período, com os principais segmentos de negócio apresentando forte crescimento orgânico.

A linha também foi positivamente impactada pelo efeito da subvenção fiscal do ICMS na base de cálculo do Imposto de Renda, somando cerca de R$ 57 milhões no lucro do trimestre.

Com isso, a Vamos encerrou 2022 com lucro acumulado de R$ 668,6 milhões, alta de mais de 60% em relação a 2021.

A receita líquida da companhia totalizou R$ 1,39 bilhão no quarto trimestre, 72,4% maior comparado aos últimos três meses de 2021. Em 2022, a linha atingiu R$ 4,91 bilhões, avanço de 74% no comparativo anual.

O Safra classificou os resultados como “impressionantes”, apesar do aumento significativo em despesas gerais, com vendas e administrativas.

A instituição também reforçou a recomendação de compra para a ação, mantendo o nome como top pick entre as locadoras de veículos.

“Nossa preferência pela empresa é explicada principalmente pelo seu sólido e consistente desempenho operacional, que deve persistir, considerando o enorme e ainda pouco explorado mercado de locadoras de veículos pesados”, afirma.

A Mirae Asset também tem recomendação de compra. No relatório de análise dos resultados, a gestora de ativos avaliou que, mesmo desconsideração o subsídio do ICMS de R$ 57 milhões, a lucratividade apresentada pela companhia foi boa.

Valuation atrativo

A recomendação da Mirae se baseia no valuation atrativo da Vamos, negociada a 19,8 vezes P/L (preço sobre lucro) e um EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) de 9,9 vezes, “representando um desconto de 14,2 vezes e 20,4%, respectivamente, ao patamar de um ano atrás”. Na opinião da casa, o patamar atual de negociação não se justifica.

O Itaú BBA também avalia que a ação é negociada a patamares atrativos e projeta um risco de upside (alta) para as estimativas do consenso, dado o crescimento da receita, suportado por demanda e yields, além de margens operacionais saudáveis e a queda da depreciação.

“Também temos visto um aumento de apetite entre investidores (tanto locais quanto estrangeiros), uma vez que o forte momentum de resultados da Vamos se sobressai aos resultados dos pares de locação de veículos leves”, comentam os analistas Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Luiz Capistrano, em relatório desta terça-feira (14).

O BBA destaca que, mesmo com o maior potencial de crescimento da Vamos, os papéis da companhia são negociados mais baratos que Localiza (RENT3).

Para a instituição, o rali das ações da Vamos ainda está por vir.

“Embora investidores não tenham embarcado ainda, eles provavelmente irão embarcar conforme o momentum de resultados melhore”, defende o time de análise.

O BBA tem recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 23 ao fim de 2023.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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