Até onde vai a queda do dólar? Real se aproxima de suporte importante contra moeda norte-americana; veja análise técnica do BTG nesta terça (1º)

O real brasileiro fechou a terceira semana seguida de valorização frente ao dólar (USDBRL), mantendo a tendência de queda da moeda norte-americana em relação à divisa local.
Segundo relatório técnico divulgado pelo BTG Pactual, apesar de a tendência de curto e médio prazo do dólar seguir apontando para baixo, a relação risco/retorno das posições vendidas piorou, o que exige maior cautela dos investidores.
Para os analistas Lucas Costa e Gabriela Sporch, o preço do dólar atingiu um ponto técnico relevante que vinha sendo monitorado desde abril.
A expectativa agora é de alguma defesa (isto é, zona de resistência) na região entre R$ 5,40 e R$ 5,45 — faixa considerada um suporte importante — movimento que não descaracteriza a tendência de queda.
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Níveis ainda menores
No gráfico semanal, o movimento de reversão para alta iniciado em abril do ano passado, após o rompimento da linha de tendência de baixa formada desde 2022, parece ter perdido força.
Os analistas observam o início de uma possível reversão da tendência de longo prazo de alta para baixa.
Segundo eles, o preço confirmou um topo mais baixo que o anterior na região de R$ 6,00.
No entanto, o rompimento da atual faixa de suporte pode acionar uma figura técnica de reversão com objetivos em R$ 5,10 e R$ 4,90.
Embora este cenário de baixa mais acentuada não seja a principal hipótese trabalhada até o momento, o BTG mantém monitoramento atento dos gráficos semanais para acompanhar essa possível movimentação.
Índice do dólar americano
No cenário global, o índice do dólar americano (DXY), que mede a força da moeda frente a uma cesta de divisas estrangeiras, também sinaliza pressão vendedora, segundo o BTG.
O índice encerrou a última semana com queda de 1,54%, e a tendência de curto e médio prazo é de baixa.
De acordo com a análise, após semanas de consolidação, o principal suporte em 97.500 foi rompido, abrindo espaço para novas pernadas de queda rumo às regiões de 95.000 e 94.100.