Recado para Lira? Congresso tem responsabilidade de afastar pautas-bomba e populismos, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Congresso terá importância fundamental no segundo semestre e diz esperar que o poder legislativo faça a sua parte.
“Até aqui, o Congresso tem sido parceiro. Tudo que foi enviado no primeiro semestre, foi aprovado. Queremos ver aprovados tudo que mandamos. Isso vai melhorar a trajetória do resultado primário”, colocou o ministro em evento realizado na XP Expert neste sábado, em São Paulo.
Para o ministro, o Congresso tem um papel fundamental de afastar ‘populismos e pautas-bomba”. “A bola está com o Congresso”, completou.
- PIB surpreende o mercado e traz otimismo para Ibovespa (IBOV); mas uma nova medida provisória acende sinal de alerta para empresas; Entenda o que esperar no Giro do Mercado clicando aqui. Fique ligado em todas as lives: inscreva-se no canal do Money Times
A fala ocorre em meio às derrotas do Executivo. Na quarta, a Câmara aprovou, contra a vontade do ministério da Fazenda, projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 31 de dezembro de 2027 Haddad é critico da medida.
Em relação ao Orçamento de 2024, enviado ao Congresso nesta semana e que prevê um superávit primário de R$ 2,8 bilhões, Haddad disse que, apesar de ousado, é possível cumpri-lo.
“Se eu colocasse uma meta fácil, eu estava com a vida ganha”, disse.
Analistas têm visto com ressalvas a peça orçamentários por considerem excessivamente otimista. O tema foi assunto do Giro do Mercado e da última sexta-feira.
“Muitas coisas positivas precisam convergir para que a gente tenha superávit em 2024. É possível? É possível. É provável? Não é provável. São sempre cenários e probabilidades associadas”, afirmou o analista Matheus Spiess, da Empiricus.
