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Recebimento de cacau pela indústria brasileira cresce 42% em setembro

17 out 2022, 13:44 - atualizado em 17 out 2022, 14:04
Cacau
A diretora-executiva da AIPC, Anna Paula Losi, disse na nota que “a safra temporã (fora de época) de 2021 teve resultados muito positivos (Imagem: Pixabay/Fotos-GE)

A indústria brasileira processadora de cacau recebeu 15.201 toneladas do produto em setembro, o que corresponde a um aumento de 42% em comparação com 10.703 t no mês anterior.

Na comparação com igual mês de 2021, houve uma queda de 27,2%, já que em setembro do ano passado o volume recebido foi expressivamente superior (20.879 toneladas), informa em comunicado a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), com base em dados compilados pelo SindiDados – Campos Consultores.

A diretora-executiva da AIPC, Anna Paula Losi, disse na nota que “a safra temporã (fora de época) de 2021 teve resultados muito positivos, que persistiu mesmo após o encerramento do período. Agora em 2022 os números estão relativamente estáveis, talvez demonstrando que a recuperação da produção está se consolidando”.

Entretanto, o acumulado dos nove primeiros meses de 2022 ainda apresenta um recuo mínimo, se comparado com o ano anterior, de aproximadamente 0,03%.

No período, foram recebidas 153.515 toneladas de amêndoas, ante 153.559 toneladas no mesmo período de 2021.

Moagem

Entre janeiro e setembro de 2022 a moagem de amêndoas ficou em 165.356 toneladas, um recuo de cerca de 1% em relação às 166.968 toneladas do mesmo período anterior.

Na comparação entre agosto e setembro, o volume processado cresceu 0,02%, passando de 19.693 para 19.697 toneladas.

Na comparação com setembro de 2021, houve um crescimento de 10,1%, já que o volume processado no mesmo mês do ano anterior foi de 17.889. “A moagem no mundo tem apresentado reduções em virtude da instabilidade econômica global.

No Brasil não é diferente, mas ainda que estejamos com um volume menor do que no ano passado, a perspectiva é que volume de moagem se aproxime da média dos últimos cinco anos, que é de 220 mil toneladas” ponderou Anna Paula.

Em setembro não houve importação de amêndoas, sendo que o acumulado até agosto foi de 11.034 toneladas ante 46.757 toneladas importadas entre janeiro e setembro de 2021.

Anna Paula afirmou que “com os resultados positivos da safra a necessidade por cacau importado tem sido reduzida, e a perspectiva é que nos próximos anos essa queda na importação seja ainda mais forte”.

As exportações de derivados, que atendem principalmente os mercados dos Estados Unidos, Argentina e Holanda, também recuaram no acumulado do ano, passando de 40.656 toneladas em 2021 para 37.462 toneladas neste ano, queda de 7,9%.

A diretora da AIPC informou que “o cenário global de retração na Europa e EUA e a crise na Argentina tem impactado negativamente na exportação de derivados”.

O recebimento de amêndoas por Estado teve como destaque o volume enviado pela Bahia, de 98.044 toneladas no acumulado deste ano, houve um recuo de aproximadamente 9,7% em relação às 108.621 toneladas de 2021, em seguida está o Pará com 48.954 toneladas, cujo volume cresceu 23% em comparação às 39.778 toneladas do mesmo período de 2021, seguidos por Espírito Santo com 4.949 toneladas ante 3.738 toneladas, alta de 32,4% e Rondônia com 1.257 toneladas ante 1.387 toneladas, queda de 9,4%.

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