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Receita da Coinbase (COIN) derrete 31%, para US$ 803 milhões no segundo trimestre de 2022

09 ago 2022, 19:02 - atualizado em 09 ago 2022, 19:02
Coinbase receita
(Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

A Coinbase (COIN), uma das maiores corretoras cripto dos Estados Unidos, reportou nesta terça-feira (9) um prejuízo líquido de US$ 1,1 bilhão, em comparação com US$ 1,59 bilhão em lucro líquido no mesmo trimestre do ano passado, de acordo com uma carta aos acionistas.

Um dos fatores foi uma taxa de desvalorização não monetária relacionada a posse da empresa de criptomoedas no valor de US$ 377 milhões.

Os próprios ativos em criptomoedas da Coinbase no final de junho valiam US$ 428 milhões, abaixo dos cerca de US$ 1 bilhão no final de março, conforme o relatório.

“O segundo trimestre foi um teste de durabilidade para empresas de criptomoedas e um trimestre complexo em geral”, diz a carta.

Ainda conforme a carta divulgada aos acionistas, “os movimentos dramáticos do mercado mudaram o comportamento do usuário e o volume de negócios, o que impactou a receita das transações.”

“Mas também destacou a força do nosso programa de gerenciamento de risco”, continua a carta.

A empresa comentou que teve 9 milhões de usuários de transações mensais durante o período, abaixo dos 9,2 milhões no primeiro trimestre, mas acima do consenso de 8,7 milhões da StreetAccount.

A Coinbase disse que está estendendo seu congelamento de contratações no futuro próximo e cortando 18% do quadro de funcionários.

Todavia, a empresa começou o ano de 2022 anunciando em fevereiro planos para contratar mais de seis mil funcionários ao redor do mundo.

A Coinbase atualizou suas perspectivas para o ano inteiro. Agora, espera-se 7 milhões a 9 milhões de usuários de transações mensais, abaixo de um intervalo de 5 milhões a 15 milhões há três meses.

A administração disse que espera uma receita média de transações por usuário na faixa de US$ 20, em vez dos níveis anteriores a 2021.

A corretora disse que estabeleceu um plano para gastos com marketing para o segundo semestre do ano que está de acordo com seus esforços para gerenciar despesas, incluindo “otimização da mídia paga”.

Coinbase (COIN) e Blackrock

Na quinta-feira passada (4), a Coinbase anunciou parceria com o Blackrock, um dos maiores fundos dos Estados Unidos, para possibilitar que comece a oferecer criptomoedas aos investidores.

Nesse dia em questão, a negociação das ações da corretora foram suspensas temporariamente após a abertura do mercado, depois de saltarem 35% em questão de minutos.

Além da notícia da parceria, a Coinbase também anunciou que iria oferecer serviço de staking de Ethereum (ETH) para investidores institucionais no dia primeiro deste mês.

Ações da Coinbase (COIN) caem na Nasdaq

As ações da Coinbase caíram quase 11% na bolsa da Nasdaq nesta terça-feira (9). As ações da corretora saíram do leilão de abertura a US$ 93,80 e se aproxima do fechamento em US$ 87,68.

Assinaturas, serviços e staking

A receita de assinaturas e serviços da empresa sofreu uma queda de 3% em US$ 147 milhões, entretanto representa um aumento de 44% ano a ano.

“Destacamos o crescimento de 44% ano a ano porque ajuda a ilustrar que essas receitas são menos voláteis em comparação com as receitas de transações. Temos o prazer de ver o subjacente crescimento da receita de assinaturas e serviços assumindo preços constantes de criptomoedas.”

A receita de recompensas em Blockchain – como a atividade de staking – foi de US$ 68 milhões, uma queda de 16% em comparação com o primeiro trimestre, conforme a carta aos acionistas.

Conforme comunicado pela corretora, houve um aumento na atividade de staking, todavia o declínio no preço dos criptoativos afetaram o preço da recompensa pela atividade.

“As recompensas do Blockchain se beneficiaram do aumento da participação no staking –

tanto em termos de número de usuários quanto de aumento no número de unidades nativas em staking em todos ativos suportados em nossa plataforma. Nossa recente adição de Cardano (ADA) e Solana (SOL) para staking ajudou a impulsionar o crescimento.”

No que tange a receita de taxas de custódia, a queda em relação ao primeiro trimestre foi de 30%, a receita de custódia foi de US$ 22 milhões.

“Enquanto continuamos a crescer o número de clientes faturáveis ​​no segundo trimestre, o declínio sequencial foi em grande parte impulsionado por menores preços médios de criptoativos no segundo trimestre em comparação com o primeiro trimestre.”

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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