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Recuperação da Iguatemi está a caminho, apesar de pressão sobre setor de shoppings

26 jan 2021, 13:00 - atualizado em 26 jan 2021, 13:00
Shopping Iguatemi
Analistas do BTG Pactual e da XP Investimentos reiteraram a compra da ação da Iguatemi (Imagem: Reuters/Nacho Doce)

Os números operacionais divulgados pela Iguatemi (IGTA3) na sexta-feira indicam que a companhia terminou 2020 com um sólido desempenho no quarto trimestre, considerando todos os desafios criados pela pandemia do coronavírus.

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Apesar da queda de 14,4% nas vendas de lojistas dos shoppings administrados pela companhia, analistas consideraram a prévia positiva, uma vez que ela trouxe alguns sinais de recuperação.

Vale lembrar que a Iguatemi representa um setor altamente impactado pela pandemia, que levou ao fechamento temporários dos shoppings no Brasil e a um aumento do nível de vacância (9% no trimestre).

Com a volta das restrições de deslocamento social, o setor sentirá impacto imediato nas operações e deve permanecer pressionado no curto prazo. Mas o tom otimista dos analistas sobre a tese de investimento da Iguatemi permanece intacto.

A XP Investimentos espera volatilidade para as ações da empresa depois que o governo de São Paulo retomou à fase vermelha da quarentena, que proíbe o funcionamento de bares, restaurantes, comércios não essenciais e shoppings entre 20h e 6h nos dias úteis, bem como nos fins de semana e feriados. Ainda assim, a recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 41 foram mantidos pela corretora.

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Na avaliação do BTG Pactual (BPAC11), a recuperação está a caminho para a Iguatemi, mesmo com o teor negativo das notícias para o setor. De acordo com o time de análise do banco, a empresa já mostrou sua resiliência em meio aos cenários mais adversos.

“A vacância fechou o ano em 9% (+300 pontos-base no comparativo anual e +60 pontos-base na comparação trimestral). Embora isso pareça alto, está abaixo da nossa estimativa de 9,4%, mostrando a resiliência da Iguatemi (a vacância subiu ‘apenas’ 300 pontos-base, apesar da Covid)”, disse o BTG.

Positivos com a cobrança dos aluguéis, a recuperação das vendas dos lojistas e a vacinação da população brasileira, os analistas reiteraram a compra da ação, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 51. Eles também enxergam o setor de shoppings bastante descontado.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.