Economia

Recuperação pode ser mais gradual em caso de retrocesso na reabertura econômica, diz Bradesco

09 dez 2020, 16:12 - atualizado em 09 dez 2020, 16:12
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Já indústria e construção civil tendem a ser os segmentos menos afetados em uma possível segunda onda (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

A recuperação econômica pode ser mais gradual à medida que alguns Estados brasileiros recuam no processo de reabertura econômica, com a adoção de restrições pontuais afetando sobretudo o setor de serviços, afirmou o Bradesco em relatório publicado nesta quarta-feira.

Priscila Trigo e Myriã Bast, que assinam o documento, também pontuam que o comércio poderia ser afetado por redução do horário de funcionamento de determinados estabelecimentos.

“Mesmo sem medidas formais de restrição de circulação, poderíamos ver também redução da mobilidade das pessoas (como observado na Área do Euro), com receio de contaminação do vírus, afetando negativamente especialmente essas atividades, serviços e comércio”, disseram.

Já indústria e construção civil tendem a ser os segmentos menos afetados em uma possível segunda onda, com base no que a experiência europeia e as regras de distanciamento dos principais Estados brasileiros sugerem.

O Bradesco (BBDC4) encerra o relatório destacando que a única forma de acabar com o risco de contágio da Covid-19 é a ampla distribuição de vacinas. “Até a imunização em larga escala, o risco de novos surtos segue presente e não pode ser descartado.”

“Apesar dos riscos pelo avanço do vírus e pela elevada taxa de ocupação de leitos de UTI em alguns estados brasileiros, a possibilidade de expansão da capacidade do sistema de saúde público de maneira rápida reduz a o risco de um fechamento generalizado como aquele observado no início do ano. Além disso, o impacto deve ser mais limitado do que no início da pandemia, concentrado em microrregiões e setores”, finalizaram as economistas.

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