Rede D’Or ou NotreDame? Qual ação tem melhor ponto de entrada?

Partindo do fato de que o mercado de planos saúde é subpenetrado e pulverizado no Brasil — apenas 22,5% da população brasileira possui algum tipo de serviço de saúde privado, enquanto que em países desenvolvidos como os Estados Unidos, a taxa fica em 90% –, tanto Rede D’Or (RDOR3) quanto NotreDame (GNDI3) têm um imenso mercado potencial a explorar.

Segundo a Ativa Investimentos, ambas companhias do setor de saúde têm boas perspectivas de crescimento, conforme relatórios obtidos pelo Money Times. Mas há quem se saia melhor no quesito potencial de valorização.

A NotreDame opera em um modelo verticalizado de planos de saúde, o que garante que seus clientes sejam atendidos em sua rede exclusiva de atendimento, reduzindo sinistralidade, um setor promissor na visão do analista Leo Monteiro.

“A fusão com a Hapvida (HAPV3), também opera em um modelo de negócios semelhante, deve gerar ganhos de sinergias tanto de custo quanto receita. Gostamos do case e vemos espaço para upside (valorização) no patamar de preços atuais”, destaca o especialista da Ativa.

Entretanto, do ponto de vista dos riscos, o plano de crescimento da empresa depende da execução de aquisições estratégicas, que caso mal sucedidas, podem prejudicar a alavancagem e resultado operacional.

Caso o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decida por barrar a fusão da NotreDame com a Hapvida, o valuation da ação será significativamente prejudicado, adverte a corretora.

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Império na saúde privada

Também com boas perspectivas de fusões & aquisições no radar, a Rede D’Or se destaca pelo seu atendimento de alta qualidade e por histórico de compras bem sucedidas.

Ainda que o mercado seja bastante fragmentado no País, a companhia é reconhecida por ser a maior rede integrada de saúde no território nacional.

“Apesar dos resultados da Rede D’Or terem sido parcialmente impactados pela pandemia e de existirem riscos de governança e execução de sua estratégia de crescimento, vemos sólidos fundamentos aliados a uma gestão com histórico renomado e um valuation atrativo”, enfatiza Monteiro no relatório.

A empresa investe em inovação e pesquisa clínica através do IDor, o Instituto D’Or de Pesquisa Clínica, importante braço para a formação de futuros médicos da Rede D’Or e, possivelmente, se tornar uma avenida de crescimento para o negócio de educação em ensino superior.

Veja a seguir as recomendações reunidas pelo Money Times da Ativa Investimentos no setor de saúde privada: