Combustíveis

Redução do ICMS: Governo e Estados entram em acordo; veja de quanto será a compensação

10 mar 2023, 15:18 - atualizado em 10 mar 2023, 15:18
Combustíveis, ICMS
No ano passado, governo reduziu a incidência do ICMS sobre os combustíveis e ainda criou um teto para o imposto.  (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O cabo de guerra entre o Governo Federal e os Estados sobre a dedução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) parece ter chego ao fim. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que a União compensará em R$ 26,9 bilhões a perda de receita dos Estados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O contencioso sobre ICMS variava entre R$ 18 bilhões e R$ 45 bilhões. Tivemos que nos debruçar sobre esses dois números e verificar onde havia equívocos”, disse o ministro.

Segundo o ministro, parte disso já está resolvido porque alguns Estados conseguiram liminares para não pagar tributos à União, como São Paulo e Piauí, e esse valor será abatido. Ao todo, já foram compensados R$ 9 bilhões e o restante será pago em parcelas até 2026.

  • Entre para o Telegram do Money Times!
    Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

Veja como será a compensação do ICMS

  • Estados que têm a receber até R$ 150 milhões: 50% em 2023 e 50% em 2024 com recursos do Tesouro Nacional
  • Estados que têm a receber entre R$ 150 e R$ 500 milhões: 1/3 do valor a receber em 2023 e 2/3 em 2024
  • Acima de R$ 500 milhões a receber: 25% em 2023, 50% em 2024 e 25% em 2025
  • Estados em Regime de Recuperação Fiscal (Rio de Janeiro, Goiás e Rio Grande do Sul): mesmo regramento dos anteriores, mas o adicional de R$ 900 milhões será compensado na dívida em 2026

No ano passado, a Lei Complementar 192 zerou a cobrança do PIS e da Cofins sobre combustíveis, fazendo com que o ICMS incidisse sobre o produto apenas uma vez. Além disso, o governo também determinou um teto de 17%ou 18% na cobrança do ICMS de produtos e serviços considerados essenciais, como combustíveis e energia elétrica.

Isso afetou em cheio os cofres dos governos estaduais e a chegada do novo governo Lula.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Foi muito injusto o que aconteceu no ano passado e é parte dos R$ 381 bilhões de problemas do governo passado que herdamos”, disse Haddad. “Esse acordo não interfere nas nossas projeções de déficit fiscal”, concluiu.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.