Reguladora britânica proíbe anúncios “irresponsáveis” de fan token do Arsenal FC

O time de futebol Arsenal FC foi advertido pela reguladora de anúncios publicitários quanto a uma publicação no Facebook e um conteúdo em seu site que promoviam fan tokens.

A Autoridade de Padrões de Anúncios Publicitários (ASA) do Reino Unido baniu o conteúdo com a justificativa de este tirar vantagem da inexperiência dos consumidores quanto a criptoativos.

As publicações, segundo a reguladora, enganavam os consumidores ao não tornar claro que fan tokens são criptoativos que tinham de ser adquiridos usando outra criptomoeda, afirmou a autoridade. 

Arsenal fez uma parceria com Socios, que usa a tecnologia blockchain para oferecer fan tokens, colecionáveis e outros ativos digitais a organizações esportivas.

O fan token do clube – $AFC – pode ser adquirido somente pelo aplicativo da Socios, usando a criptomoeda Chiliz ($CHZ), que também foi criada pela plataforma.

O clube de futebol argumentou que a promoção de tokens foi “feita para ampliar o conhecimento da oportunidade de interagir com o clube, bem como o direito de votar em decisões oficiais do Arsenal”.

O time de futebol acrescentou que fan tokens não foram promovidos como produtos financeiros ou veículos de investimento, e que não encorajou a negociação de fan tokens.

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Arsenal FC também disse que acredita que Socios é bem conhecida na comunidade de futebol como uma plataforma de criptomoedas, pois é patrocinadora e parceira de vários clubes de futebol europeus.

Entretanto, a ASA determinou que os anúncios não devem aparecer novamente na forma que foram banidos. O clube também foi advertido a não trivializar investimentos em criptoativos. 

Dados no CoinMarketCap mostram que, desde que $AFC começou a ser negociado em outubro, seu preço caiu mais da metade. O token saiu de US$ 6,55 para menos de US$ 2,76 na metade de dezembro.

As recentes investidas contra anúncios de fan tokens no Reino Unido fazem parte de um movimento mais amplo contra cripto.

No início do mês, ASA publicou uma série de decisões contra anúncios publicitários de criptomoedas na rede de transporte de Londres, chamando os criptoativos de “prioridade de alerta vermelho”.